Ministério dos Povos Indígenas pede veto total ao PL do Marco Temporal

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vete integralmente o projeto de lei do Marco Temporal, aprovado pelo Congresso Nacional no fim de setembro. O texto determina que apenas as terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, podem ser demarcadas.

Lula tem até o dia 20 de outubro para decidir se irá vetar ou não o projeto sobre a demarcação dos territórios indígenas. Caso não o faça, a promulgação ficará a cargo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, destaca a importância do entendimento jurídico, que atesta a inconstitucionalidade do projeto aprovado.

“O veto por inconstitucionalidade já era uma posição do MPI e nós seguimos a decisão do Supremo Tribunal Federal [STF], que já reconheceu a inconstitucionalidade da tese do Marco Temporal”, defende Terena.

O entendimento do Ministério dos Povos Indígenas foi firmado por meio de um parecer apresentado pela consultoria jurídica da pasta. O documento elenca 30 artigos do projeto de lei como inconstitucionais, como a revisão de terras já demarcadas, contato com povos isolados, exploração econômica por terceiros e a perda de território por alegada aculturação.

Marco Temporal O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a tese jurídica que defende a demarcação de terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988. O julgamento começou em 2021, mas terminou apenas no final de setembro deste ano.

Votaram contra o Marco Temporal os ministros: Edson Fachin (relator), Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

Os ministros Nunes Marques e André Mendonça defenderam a tese jurídica em torno do Marco Temporal.

Por outro lado, o Senado aprovou o PL que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O texto é defendido, em especial, pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que afirma que a tese traz segurança jurídica para o campo.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Mega Sonho: Bia Michelle dá resposta inesperada a pergunta comum

A dançarina e influenciadora Bia Michelle protagonizou um momento constrangedor durante o Mega Sonho, programa da Rede TV!, neste sábado (13/12). Ela não...

Sarampo: após novo caso em SP, governo reforça importância da vacina

Segunda confirmação de sarampo em São Paulo em 2025 reforça a importância da vacinação A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo...

 Rachel Reis celebra inclusão de “Pelo” em trilha sonora de “Perrengue Fashion” após indicação ao Grammy Latino

A cantora baiana Rachel Reis viveu em 2025 um ano de grande reconhecimento. Ela já havia sido indicada ao Grammy Latino pelo álbum...