Israel transfere incubadoras para área pediátrica do maior hospital de Gaza

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As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), então coordenando a transferência de incubadoras de um hospital em Israel para a Faixa de Gaza, informou a IDF no X (antigo Twitter). “Estamos a fazer tudo o que podemos para minimizar os danos aos civis, ajudar na evacuação e facilitar a transferência de suprimentos médicos e alimentos. A nossa guerra não é com o povo de Gaza”, escreveram. Em um vídeo compartilhado, Shani Sasson, porta-voz do Gocat (Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios) – uma unidade do Ministério da Defesa de Israel que coordena questões civis entre o governo israelense, as Forças de Defesa de Israel, organizações diplomatas e Autoridades Palestina – falou que as incubadoras são para ajudar os bebês que estão no enclave palestino. “A área pediátrica do hospital Shifa na Cidade de Gaza. Israel está pronto para ajudar. Oferecemos aos oficiais de saúde em Gaza transferir incubadoras para a Faixa de Gaza para ajudar a área pediátrica do hospital Shifa”, disse, acrescentando que esforços intensos estão sendo feitos para garantir que s equipamentos cheguem aos bebês sem atraso. Enfatizando o pronunciamento das IDF, Sasson ressaltou que a guerra de Israel é com o Hamas e não com as pessoas de Gaza.

Nesta terça-feira, 14, após dias de bombardeios e combates nos arredores do hospital Al Shifa da cidade de Gaza, tanques israelenses cercaram o maior hospital de Gaza. Testemunhas afirmam que tanques e veículos armados estão nas entradas do complexo cercado, que se tornou um dos centros da guerra que começou há mais de cinco semanas. A ONU acredita que milhares de pessoas dentro do hospital, um número que pode superar 10 mil, entre pacientes, funcionários e deslocados, que não conseguem deixar o local devido aso combates. Ao menos 179 corpos foram enterrados nesta terça-feira em uma “vala comum” no hospital Al Shifa, informou o diretor do centro médico, Mohamad Abu Salmiya, que mencionou sete bebês prematuros que morreram devido à falta de energia elétrica.

Um cirurgião da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que a situação no hospital é “desumana” “Não temos energia elétrica, comida e água no hospital”, afirmou em um comunicado da ONG. O Exército israelense acusa o movimento islamista palestino de usar uma rede de túneis sob o hospital como um “nódulo” de comando, transformando pacientes e refugiados em “escudos humanos”, o que o Hamas nega. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, pressionou Israel para que proteja os milhares de civis bloqueados no centro médico. O chefe de Estado fez um apelo para adotar “ações menos intrusivas em relação ao hospital”. “O hospital deve ser protegido”, insistiu à imprensa no Salão Oval da Casa Branca. Um porta-voz do Exército israelense, Peter Lerner, reiterou nesta terça-feira que Al Shifa era “central nas capacidades de comando e controle do Hamas”, mas disse que as tropas estavam de prontidão. “A ideia é tentar retirar as pessoas, retirar o maior número possível”, declarou.

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