Pezão e mais 2 réus têm R$ 106 milhões em bens bloqueados pela Justiça

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

A Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de R$ 106 milhões em bens do ex-governador Luiz Fernando de Souza Pezão e de outros dois réus acusados de improbidade administrativa. A decisão atendeu um pedido apresentado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Também são alvos da investigação Gustavo Barbosa, ex-diretor-presidente do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Rioprevidência), e o Banco do Brasil Securities LLC. Segundo o MP, os réus teriam causado prejuízo de R$ 912 milhões ao Rioprevidência.

A Justiça do Rio determinou ainda a penhora on-line de contas bancárias, investimentos, previdência privada, contas de capital social de que sejam sócios e valores mobiliários dos réus. A decisão aponta que, em uma avaliação preliminar, foram identificados indícios de gestão irresponsável do fundo previdenciário e conflito de interesses que afetou a gestão do órgão estadual.

O Juízo da 7ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital entendeu que houve uma tentativa de disfarçar a ilegalidade da renegociação contratual por meio da manipulação do legislativo.

“É pouco crível que o Banco do Brasil Securities LLC não dispusesse de equipe técnica capacitada para avaliar o alto risco das negociações levadas a efeito pela Rioprevidência e as graves consequências delas decorrentes”, diz trecho da decisão.

O Rioprevidência realizou, no mercado externo, antecipações de recursos de royalties e participações especiais no valor de R$ 8,4 bilhões, com o intuito de aliviar o caixa do governo fluminense, no entanto, a medida gerou a obrigação de pagar o montante estimado em R$ 32,3 bilhões até 2028.

Contudo, a necessidade dessas antecipações já era questionável, uma vez que o Estado devia recursos à previdência, algo em torno de R$ 10,6 bilhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

Com isso, o ex-governador do Rio e Gustavo Barbosa, assessorados pelo BB Securities, realizaram uma negociação que culminou no aumento das despesas em mais de R$ 912 milhões. Dessa forma, os investigações classificaram a manobra como irresponsabilidade fiscal.

O Metrópoles procurou a defesa dos três réus citados, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Queda de árvore provoca morte na zona sul de São Paulo

Queda de árvore mata trabalhador da Prefeitura na Avenida do Cursino, zona sul de São Paulo Um homem de 29 anos morreu após a...

TJ-BA anuncia novas tabelas de custas e emolumentos do judiciário baiano para 2026

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) publicou, nesta quarta-feira (17), os novos valores que regerão o pagamento de custas processuais, emolumentos cartorários...

Senado aprova PL da Dosimetria e texto que beneficia Bolsonaro vai para sanção de Lula

O plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei da Dosimetria durante sessão realizada na noite desta quarta-feira (17). A proposta recebeu...