Os amantes da sétima arte da capital federal lotaram, neste sábado (9/12), a sala de exibição do Cine Brasília (504 Sul), para prestigiar a abertura oficial da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Logo após a cerimônia, que contou com homenagem a Antônio Pitanga, o público assistiu à sessão do filme Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum, mesmo diretor de O Outro Lado do Paraíso.
Antônio Pitanga, o homenageado da noite, e sua esposa, a deputada Benedita da Silva Com estreia comercial programada para 2024, o filme aborda casos fictícios de internação compulsória, torturas e assassinatos no Hospital Psiquiátrico Colônia de Barbacena, em Minas Gerais. A produção estreou mundialmente no Black Nights Film Festival (Estônia) e terá a primeira projeção nacional na abertura do FBCB.
Para assistir, basta retirar o ingresso na bilheteria do Cine Brasília duas horas antes da programação.
Cerimônia de abertura Os apresentadores Rocco Pitanga e Gabriela Correa exaltaram a memória e relevante contribuição do projetista do Cine Brasília Elmar Umberto Techmeier, o Beto, e do diretor de fotografia premiado André Luís da Cunha. Em meio aos tributos, a plateia gritou dois nomes do teatro brasiliense: Hugo Rodas e Alexandre Ribondi, que morreram em 2022 e 2023, respectivamente.
Rocco Pitanga e Gabriela Correa comandaram a abertura da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Nesta edição, o Prêmio ABCV, da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo, foi concedido a Maria Coeli — diretora de TV e cinema. “Eu vim para Brasília em 1960 com meu pai. Ele andava com uma máquina fotográfica fotografando toda a paisagem da cidade. Em Brasília casei, tive duas filhas, quatro netos e cinco bisnetos. Sempre fui alfabetizadora. Acho que vou viver até os 100 anos, porque isso é normal na minha família. Estou há 60 anos nessa ilha onde JK nos colocou, e nos orgulhamos disso”, disse Coeli, com o troféu em mãos.
Diretora de TV e cinema, Maria Colei recebeu o Prêmio ABCV, da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo A Medalha Paulo Emílio Salles Gomes, fundador da cinemateca brasileira, foi dada à diretora e roteirista piauiense Dácia Ibiapina. Quem entregou a honraria foi a diretora artística do Festival de Brasília.
“Que honra, que alegria receber essa medalha. Paulo Emílio foi um construtor do cinema de Brasília, criou o curso de cinema da UnB, ou seja, nos apontou um caminho. Uma pessoa que dedicou sua vida ao cinema e eu me identifico com isso”, celebrou Dácia.
Diretora e roteirista piauiense Dácia Ibiapina recebeu a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, fundador da cinemateca brasileira O troféu Câmara Legislativa, da Mostra Brasília, vai distribuir R$ 240 mil em prêmios.
Aos 84 anos e mais de 60 de carreira, um dos fundadores do Cinema Novo, o mestre Antônio Pitanga levou o Candango de Conjunto da Obra, por sua inestimável contribuição para o audiovisual brasileiro. Ovacionado, o artista veterano recebeu o troféu das mãos do filho, Rocco.
“Obrigad0, Brasília, obrigado ao cinema. Esse festival nasceu num momento trágico do Brasil, durante a ditadura militar, por estudantes da UnB que sempre usaram essa casa (Cine Brasília) para um manifesto humano. Eu sou um homem de cinema, o cinema brota na minha vida. Um cara que nasceu no pelourinho e conquistou essa cidadania através do cinema. Eu agradeço aqui hoje também a minha companheira, Benedita da Silva, que na política também faz cinema”, bradou Antônio Pitanga, que comemorou, ainda, estar sendo homenageado em vida.
Antônio Pitanga foi o grande homenageado na abertura do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Programação do fim de semana Para além da abertura do festival, no dia 9, a programação do Festival de Brasília no fim de semana inclui as primeiras exibições das mostras competitivas nacionais, do Festivalzinho e da Mostra Paralela — Outros Olhares.
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, que acompanha o acirrado e tenso processo eleitoral de 2022, será exibido no domingo (10/12), às 21h, no Cine Brasília, com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia); e às 21h, nos complexos culturais de Planaltina e Samambaia, com entrada franca.
Também no domingo, o Festival exibe os curtas Cidade By Motoboy, dirigido por Mariana Vita, no Cine Brasília, às 21h, e nos complexos culturais, às 20h, além de Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni — este, apenas nos complexos.
De graça! Para as crianças, a programação do Festivalzinho terá Palavras Páginas, Agosto dos Ventos, Vovô Joel, Pipas Coloridas e Os Pelúcias, todos no dia 10, a partir das 10h, no Cine Brasília.
No mesmo dia, a Mostra Paralela — Outros Olhares exibe Uma Carta Para o Papai Noel (RS), do cineasta gaúcho Gustavo Spolidoro, ao Festival de Brasília, vencedor do Candango de melhor filme e direção na mostra competitiva de curtas de 1998, ano em que estreou como diretor.
Ainda no dia 10, o público poderá assistir ao documentário Utopia Tropical, de João Amorim, que traz conversas entre o diplomata Celso Amorim e o escritor, filósofo e ativista norte-americano Noam Chomsky. A sessão é beneficente, e os ingressos são entregues mediante doação de 1kg de alimento não perecível.
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