Haddad diz que melhora da nota de crédito do Brasil pela S&P é fruto da ‘harmonia entre os Poderes’

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 19, que o Brasil precisa crescer acima da média mundial e avaliou que isso será inevitável se os Poderes trabalharem “bem”. “O Brasil tem que crescer acima da média mundial, no mínimo a gente tem que crescer igual à média. Mas, se trabalharmos bem, não tem como não crescer acima da média. São duas coisas que temos que nos fixar. Mas isso tudo depende do trabalho conjunto entre Executivo, Legislativo e Judiciário”, disse Haddad, a jornalistas ao comentar a elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P Global Ratings.

“Era a última agência a rever a nota do Brasil, a Moody’s e a Fitch já tinham feito isso, no meio do ano. Parece que a S&P estava aguardando o desfecho das reformas pelo Congresso. Essa harmonia entre os Poderes, para colocar ordem nas contas, garantir orçamento e programas sociais, as agências percebem que há coordenação em torno de objetivo maior”, acrescentou o chefe da equipe econômica.  Na avaliação do ministro, o crescimento da economia brasileira e o novo arcabouço fiscal irão garantir “ambiente de estabilidade”, junto da recomposição da base fiscal do Estado. “Temos um marco fiscal elogiado por economistas de várias escolas. Temos de recompor a base fiscal do Estado brasileiro, que foi dilapidada. Foram anos de dilapidação. Você repondo isso, as coisas se estabilizam. E o próprio crescimento da economia acaba corrigindo essas distorções. Queremos uma trajetória de estabilidade”, disse.

Haddad, que voltou a elogiar o trabalho dos presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), observou que essa agenda depende também do Parlamento e do Judiciário, e que “cada passo” precisa ser negociado” com os Poderes. “Não é por decreto que vamos gerar esse equilíbrio. Temos de negociar cada passo dele com o Congresso, com o Judiciário. Não é algo que acontece do dia para noite. São dez anos de déficit primário, com exceção do ano passado, que foi fake, fruto de um calote, mas são dez anos de déficit. Estamos tentando resolver de uma vez por todas, mas isso exige negociação, não se faz por decreto”, afirmou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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