SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A conta pop sul-africana Zahara, que conquistou vários álbuns de platina em seu país graças ao alcance de seu timbre, morreu nesta terça-feira, aos 36 anos, segundo anunciou a ministra dos Esportes, Artes e Cultura da África do Sul, Zizi Kodwa.
“Os meus mais profundos sentimentos à família Mkutukana e à indústria musical sul-africana”, escreveu Kodwa, nas redes sociais. “Zahara e sua guitarra tiveram um impacto incrível e duradouro na música sul-africana.”
Na semana passada, Zahara foi hospitalizada após se queixar de dores físicas, segundo seu empresário, Oyama Dyosiba. A cantora convivia com uma doença hepática decorrente de problemas de alcoolismo desde 2019.
Sua irmã chegou a dizer que, naquele ano, os médicos disseram que a artista iria morrer se continuasse a beber, segundo o The Guardian.
Zahara nasceu em 1987, aprendeu a tocar guitarra sozinha e ganhou os holofotes em 2011, com “Loliwe”, seu álbum de estreia. O disco venceu o prêmio de melhor álbum do ano no Music Awards da África do Sul.
Em 2013, a artista tocou para Nelson Mandela uma música com seu nome, pouco antes da morte do líder sul-africano.
Seu segundo álbum, “Phendula”, teve colaboração do Ladysmith Black Mambazo, grupo sul-africano que fez sucesso na década de 1960 por cantar músicas em ritmos tradicionais do país.
“Coutry Girl”, disco sucessor, ganhou três vezes o disco de platina. Em seguida, Zahara assinou com a gravadora Warner Music e lançou seu quarto álbum de estúdio, “Mgodi”, em 2017.
Em 2020, Zahara participou de uma campanha de denúncia da violência contra mulheres na África do Sul, que na época ela chamou de “pandemia”.
Ela contou ser uma sobrevivente, pois já tinha sido atacada por um homem que espirrou spray de pimenta em seus olhos enquanto ela estava no carro.
“[Os homens] sentem que têm direito sobre as mulheres, como se as mulheres pertencessem a eles”, disse em entrevista a BBC.
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