PCDF indicia Renan Bolsonaro por lavagem de dinheiro e mais 2 crimes

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. O inquérito policial, no âmbito da Operação Nexum, foi concluído pela Delegacia de Repressão à Ordem Tributária do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor).

A PCDF também decidiu indiciar o empresário Maciel Alves de Carvalho, empresário de Renan Bolsonaro, pelos mesmos crimes. O relatório final de investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário em 8 de fevereiro de 2024. O processo continua sob sigilo.

Operação Nexum A investigação apontou a existência de uma associação criminosa cuja estratégia de obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, “testa de ferro” ou “laranja”, para ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas por Maciel, que é considerado o alvo principal, e seus comparsas.

De acordo com os elementos de prova, o principal investigado e um de seus comparsas fizeram nascer a falsa pessoa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, cuja identidade foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.

Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjaram relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se para isso de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Sudoeste, onde Jair Renan tem um apartamento, e em Santa Catarina, onde o filho “04” do ex-presidente trabalha como assessor de senador Jorge Seif (PL).

Foram cumpridos ainda mandados de busca em endereços de dois supostos comparsas, sendo um deles um “testa de ferro” usado pelo grupo para figurar como proprietário das empresas.

Também houve cumprimento de mandados na Asa Sul, em um mesmo endereço em que estão registradas uma empresa vinculada ao principal investigado e outra vinculada a um dos demais envolvidos, o qual também foi alvo de busca em sua residência localizada em Balneário Camboriú (SC).

A operação foi resultado de materiais apreendidos nas operações que revelaram um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo final de blindar o patrimônio dos envolvidos.

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