O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, definiu nesta sexta-feira (16/2) os substitutos dos dois tenentes-coronéis que, após serem alvos da Operação Tempus Veritatis, foram afastados das funções públicas e perderam postos de comando em unidades da Força.
A ação da Polícia Federal, ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, mirou os planos golpistas do núcleo duro do bolsonarismo.
O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, que chegou a desmaiar ao ver que agentes da PF batiam à sua porta para um mandado de busca e apreensão, foi substituído pelo tenente-coronel de cavalaria Rodrigo Viegas Pacheco no comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas, sediado em Goiânia.
Outro alvo da Tempus Veritatis que perdeu posição de comando, desta vez na 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima terá como sucessor o tenente-coronel de infantaria Marcos de Souza Branquinho.
Segundo as apurações da polícia, Marques Almeida fazia parte do núcleo encarregado de espalhar fake news e atacar o sistema eleitoral brasileiro. A investigação encontrou mensagens trocadas entre o oficial e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sobre as estratégias para questionar o processo eleitoral.
A PF atribuiu a Lima integrar este mesmo núcleo e também outro, que, de acordo com as investigações, atuou para planejar e executar medidas para manter as manifestações golpistas em frente a quarteis militares.
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