Zelensky destitui chefe das Forças Armadas da Ucrânia na maior reorganização militar desde invasão russa

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destituiu nesta quinta-feira, 8, o comandante-em-chefe das Forças Armadas, Valerii Zaluzhnyi, a quem agradeceu pelos dois anos de serviço na defesa do país. Essa foi a maior reorganização do comando militar desde o início da invasão russa. Valery Zaluzhny, de 50 anos, comandante em chefe desde julho de 2021, se tornou uma das figuras mais populares da Ucrânia, segundo diversas pesquisas. Quando a guerra começou em fevereiro de 2022, o militar conseguiu impedir uma invasão completa da Ucrânia. Mas o fracasso da contraofensiva lançada em junho e os desentendimentos com Zelensky enfraqueceram paulatinamente a sua posição. “Hoje tivemos uma conversa franca sobre quais são as mudanças necessárias no Exército. Mudanças urgentes”, declarou o presidente ucraniano em comunicado.

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Após a demissão de Zaluzhny, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, nomeou o general Oleksander Sirski, de 58 anos, como novo comandante em chefe. A mudança é significativa e acontece no momento em que a frente de batalha está estagnada. Zelensky insistiu que o país precisava de um plano de combate “realista” para enfrentar as tropas russas. “O ano de 2024 apenas poderá ser exitoso se fizermos mudanças efetivas na base de nossa defesa, que são as Forças Armadas da Ucrânia”, garantiu. Conhecido como “General de Ferro” nos meios de comunicação ucranianos, Zaluzhny chegou a simbolizar a resistência do país contra a Rússia e gozava de altos índices de aprovação, tanto entre a população quanto entre os soldados.

Ele também foi creditado por liderar algumas das campanhas militares de maior sucesso da Ucrânia, como a libertação de Kherson, no sul do país, em novembro de 2022. Mas alguns de seus comentários públicos provocaram tensões com Zelensky, no momento em que o presidente enfrenta divisões sobre o tema da mobilização militar. Sirski é o “general mais experiente da Ucrânia”, afirmou o presidente ucraniano após a nomeação, destacando que ele liderou a defesa da capital Kiev quando a invasão russa começou. O novo comandante-chefe também liderou a contraofensiva ucraniana lançada no outono boreal de 2022, que libertou a província de Kharkiv, no nordeste do país.

Sua chegada ao cargo coincide com importantes desafios. As tropas russas redobraram sua ofensiva sobre a cidade ucraniana de Avdiivka, epicentro da batalha no leste do país. Moscou também intensificou os bombardeios na província de Kharkiv, em uma tentativa de fazer as forças ucranianas recuarem. Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quinta que havia derrubado 12 mísseis lançados da Ucrânia sobre a província fronteiriça de Belgorod. Esta área é regularmente alvo de ataques de Kiev, em resposta aos bombardeios russos. O ministério russo também anunciou hoje que fez uma troca de 100 prisioneiros de guerra com a Ucrânia.

*Com informações da EFE e AFP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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