Eleições em Portugal têm apuração acirrada entre coalizão de centro-direita e Partido Socialista

Publicado:


pedro nuno portugal

As apurações das eleições em Portugal mostram uma disputa acirrada entre o coalizão Aliança Democrática (AD), de centro-direita, formada por Partido Social Democrata (PSD), Partido Popular (CDS-PP) e Partido Popular Monárquico (PPM), e o Partido Socialista. Em terceiro lugar está o Chega, de extrema-direita. As pesquisas já apontavam que a disputa seria acirrada entre os AD e o Partido Socialista, mas que a direita aparecia como favorita para vencer. Se a AD, liderada por Luís Montenegro, vencer, ele vai depender do Chega para obter maioria absoluta. É preciso ter 116 deputados dos 230 assentos.

cta_logo_jp

O aumento da extrema direita no país ocorre enquanto Portugal se prepara para comemorar no próximo mês o 50º aniversário da Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura fascista e a 13 anos de guerras coloniais. A três meses das eleições europeias, essas eleições antecipadas confirmam que a extrema direita está em ascensão em todo o continente, como já se viu na Itália e nos Países Baixos. Portugal era um dos poucos países da Europa liderado pela esquerda. A taxa de abstenção nas eleições deste domingo é estimada entre 32% e 38% pela pesquisa da RTP, seria a mais baixa desde 2005.

Sob o governo socialista, Portugal foi marcado pela inflação, apesar da consolidação das finanças públicas, do crescimento acima da média europeia e do baixo desemprego. Portugal também sofreu com problemas nos serviços de saúde e nas escolas, além de uma grande crise imobiliária. Além disso, há uma série de escândalos de corrupção, que acabaram derrubando Antonio Costa, e o aumento da população migrante, que dobrou em cinco anos, dois dos temas eleitorais da extrema direita. O Partido Social Democrata e o Partido Socialista se alternavam no poder por décadas e, nestas eleições tinham o desafio de conter o crescimento de um partido de extrema direita As pesquisas indicam um aumento de 7% em relação as eleições em 2022, confirmando a tendência de crescimento da ultradireita observada em outros lugares na União Europeia.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cúpula de países amazônicos critica intervenções de países estrangeiros em declaração final

A cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) aconteceu em Bogotá, na Colômbia, reunindo presidentes como Luiz Inácio Lula da Silva...

Trump ameça demitir diretora do Fed se ela não renunciar após suposta fraude hipotecária

Em uma declaração polêmica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que demitirá Lisa Cook, diretora do Federal Reserve, caso ela não...

Alemanha reafirma não reconhecimento da Palestina em meio à crise humanitária em Gaza

A Alemanha deixou claro que não reconhece a Palestina como um Estado, uma decisão que pode impactar as negociações em busca de uma...