A jornalista Céu Albuquerque, natural de Pernambuco, se tornou a primeira pessoa do Brasil a conseguir o registro como intersexo na certidão de nascimento.
A mudança aconteceu após quase três anos da solicitação feita por Céu. A ativista pelos direitos da pessoa intersexo entrou com o pedido em julho de 2021 e recebeu a aprovação no último dia 7 de março. O marco foi reconhecido pela Abrai, Associação Brasileira Intersexo.
Céu foi registrada inicialmente como sendo do sexo feminino. Portadora da hierplasia adrenal congênita, isto é, quando uma condição genética interfere no desenvolvimento sexual e consequentemente na formação da genitália externa, a ativista entrou na Justiça em busca dos direitos. Quando criança, a jornalista chegou a ser submetida a uma cirurgia de redesignção sexual.
Aos 32 anos, e auxiliada pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, a ativista celebra o feito. “Pessoas intersexo existem desde o início da humanidade. Está em todas as espécies. Quando a gente vê em pleno 2024 a gente ter o primeiro registro no Brasil, dá a sensação de avanço e de atraso. Isso deveria ser natural”, disse em entrevista ao UOL.
Além do registro de sexo, a jornalista mudou o nome na certidão de nascimento e agora segue os trâmites para adequação de todos os documentos.
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