Primeira mulher a comandar um time profissional na história é do DF

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Na semana da mulher, o Metrópoles traz a história de uma personagem marcante dos campos de futebol do Distrito Federal. Nascida em 1950, na Cidade de Conceição do Castelo, que fica no Espírito Santo, Ana Maria mesmo criança não queria saber de outra coisa a não ser o futebol de rua. Geralmente ficava assistindo os meninos jogarem e já fazia analises dos jogos. Anos mais tarde ela entraria para o Guiness Book, o livro dos recordes, por um feito inédito: se tornar a primeira mulher na história a comandar um time profissional de futebol.

Ana chegou no Distrito Federal em 1960, quando a mãe veio trabalhar no Hospital de Base, e foram morar em Taguatinga. A primeira passagem por terras candangas durou apenas dois anos. Dois anos depois, a família voltou e daqui não saiu mais.

O primeiro contato com o futebol aconteceu no SESI de Taguatinga. Em uma aula de futebol, foi convidada para treinar como jogadora, fez gol e foi bem em uma equipe masculina. Tanto que seu primeiro treinador, conhecido como Raimundinho, a convidou para voltar treinar. Nesse time estavam nomes que viraram profissionais no futebol, dentre eles Roberto César, campeão mineiro pelo Cruzeiro-MG e Ernâni Banana, que jogou pelo Vasco e Guarani-SP.

Disputou o primeiro campeonato como atleta do Clube de Indústria e Comércio de Taguatinga (CIT), que também dava nome à competição. Esse foi o primeiro torneio amador feminino de Brasília. E Ana foi a artilheira da competição, com 20 gols marcados. Porém, nessa mesma competição, sofreu uma grave fratura na tíbia e abandonou o futebol como atleta.

Carreira pós lesão Para não se afastar completamente do futebol, Ana fez outras funções: como roupeira, preparadora de goleiros e massagista de várias equipes amadoras no Distrito Federal. Na Desportiva Bandeirante, em 1978, assumiu como treinadora principal.

Ela fazia a função de auxiliar. Mas o treinador anterior faltava muito, e, após sua saída, Ana ganhou a nova chance. O presidente da equipe, João Aureliano, sabia que ela havia feito um curso de treinadora um ano antes, em um colégio na L2 Sul.

O primeiro jogo de Ana como treinadora foi em abril de 1979, no extinto estádio Pelezão, uma derrota por 3×0. O campeonato tinha três turnos, e ela ficou respectivamente em segundo, quarto e quinto lugar, finalizando a competição em quinto lugar geral e deixando a equipe logo após o campeonato.

A treinadora entrou para Guinness Book, o livro dos recordes, por ter sido a primeira mulher a comandar uma equipe masculina na história. O time, a Desportiva Bandeirante, também está lá por ter tido a primeira treinadora mulher da história.

Alguns anos depois da experiência vanguardista como treinadora, Ana virou árbitra de jogos amadores. Foi sua última experiência no campo.

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