A vaquinha articulada por militares da reserva para ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, arrecadou apenas cerca de R$ 50 mil.
A ajuda foi articulada no final de 2023 por membros da “União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil”.
Na mensagem em que anunciavam a vaquinha, noticiada pela coluna Guilherme Amado, no Metrópoles, os militares diziam que Cid teria R$ 600 mil em dívidas.
“O coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária. Já vendeu quase tudo que possuía para custear suas despesas, sua defesa e caros medicamentos, não tendo mais nada para se valer. Nós os seus irmãos de farda que estamos sofrendo também pedimos humildemente e encarecidamente para ajudá-lo a pagar suas dívidas que já se aproximam, como tudo é caro, dos R$600.000,00″, dizia o texto, que trazia ainda as chaves de PIX de Cid e da esposa dele.
A colegas militares, Cid afirmou que o cerca de R$ 50 mil arrecadados pela vaquinha deu para pagar um mês de seu advogado, o criminalista Cezar Bitencourt.
Cid prestará novo depoimento à PF Cid foi preso em maio de 2023 por suspeita de fraudar cartões de vacinação contra Covid. Ele foi solto em setembro após fechar acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, homologado pelo STF.
O ex-ajudante de ordens usa tornozeleira eletrônica e segue afastado de seu cargo no Exército. Embora não esteja trabalhando, o militar continua recebendo salário de R$ 27 mil mensais da Força.
Nesta segunda-feira (11/3), Cid prestará novo depoimento à PF. Na oitiva, será questionado sobre declarações dadas por outros militares acerca do suposto plano golpista de Bolsonaro após perder as eleições de 2022.
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