MP recomenda ao Colégio Anchieta que adote medidas de combate ao racismo institucional

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O Ministério Público da Bahia (MP-BA)recomendou ao Colégio Anchieta que adote medidas de combate ao racismo institucional e realize ações para implementar, de maneira ampla e eficaz, a Lei nº 10.639/2003. No documento, encaminhado ao colégio no dia 22 de abril, a promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz solicitou que, no prazo de 60 dias, o colégio apresente ao MP cronograma de programa de combate ao racismo institucional, que deverá ser iniciado no ano letivo de 2024.

A recomendação é para que o programa contemple a formação dos profissionais de educação – inclusive professores, recepcionistas, porteiros, merendeiras e seguranças – para as relações étnico-raciais; e a disponibilização de material didático específico sobre a implementação da Lei nº 10.639/2003, para orientação dos professores sobre como inserir a temática em suas disciplinas. 

Além disso, que seja realizada a difusão de material informativo/educativo sobre combate ao racismo e promoção da igualdade racial; palestras ou seminários educativos para as/os estudantes acerca do racismo e de suas consequências socioeconômicas e culturais. 

Também nos próximos dois meses, o colégio deverá apresentar ao MP um Plano Político Pedagógico, para o ano letivo de 2024, que contemple a eficaz implementação da Lei nº 10.639/2003. Para isso, explica Lívia Vaz, deve-se observar que as ações de implementação da lei exigem habitualidade e perpetuidade e, portanto, não podem se restringir a atividades relativas ao Dia Nacional da Consciência Negra ou a outras datas comemorativas. 

Além disso, que os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil sejam ministrados no âmbito de todo o currículo escolar; que a lista do material didático utilizado seja enviada ao MP; que o plano abranja tanto ações voltadas ao diálogo específico acerca de temas étnico-raciais quanto à inserção transversal destas questões em outras temáticas e/ou disciplinas. A promotora de Justiça ressaltou que “as instituições públicas e privadas, especialmente as instituições de ensino, têm papel fundamental na desconstrução do racismo institucionalizado na sociedade brasileira”.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PM encontra bilhete após reforço em Marechal Rondon: “Não aguentamos mais esses vagabundos”

Policiais que atuam no reforço do patrulhamento na região de Marechal Rondon encontraram, nesta segunda-feira (22), um bilhete anônimo com agradecimentos às ações...

Polícia prende homem acusado de estuprar adolescente com deficiência dentro de casa no Oeste baiano

Policiais civis do Núcleo Especial de Atendimento à Mulher (Neam) prenderam em flagrante, nesta segunda-feira (22), um homem de 39 anos suspeito de...

Bruno Reis diz que pediu mudança no projeto do metrô para não impactar Carnaval no Campo Grande: “Dá para compatibilizar”

O prefeito Bruno Reis informou, nesta segunda-feira (22), que solicitou uma mudança no projeto do tramo 4 do metrô de Salvador, obra gerenciada...