Putin se diz aberto a diálogo sobre a Ucrânia, mas faz exigências

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou estar aberto ao diálogo para resolver o conflito na Ucrânia, que se estende por mais de dois anos. A declaração aconteceu durante entrevista à mídia estatal chinesa, nesta quarta-feira (15/5).

Segundo Putin, o Kremlin nunca se recusou a sentar em mesas de negociações desde o início da guerra, mas que as conversas devem levar em consideração os interesses de Rússia, Ucrânia e outros países envolvidos na guerra.

“Procuramos uma solução abrangente, sustentável e justa para este conflito através de meios pacíficos”, declarou. “Estamos abertos ao diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito, incluindo o nosso”, destacou Putin.

A fala de Putin acontece em um momento de extrema tensão na Europa, com diversas trocas de ameaças envolvendo a Rússia e países aliados da Ucrânia que trouxeram de volta o clima da Guerra Fria para a região.

Além do apoio à Kiev através de armamentos, líderes de países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) elevaram o tom contra Moscou desde o início da guerra, e recentemente levantaram a possibilidade de um envolvimento direto no conflito.

Um dos principais aconteceu em fevereiro deste ano, quando o presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de enviar tropas da Otan para o campo de batalha na Ucrânia. Meses depois, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, admitiu que soldados da aliança já estariam presentes em território ucraniano, sem dar maiores detalhes.

A Rússia respondeu através da realização de testes com armas nucleares, realizadas no início deste mês, além de uma polêmica declaração vinda de um dos braços direitos de Vladimir Putin.

Na última segunda-feira, o ministro interino das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, usou um tom ameaçador para afirmar que o país está pronto para enfrentar potências ocidentais caso os aliados da Ucrânia queiram abandonar a diplomacia e partir para o campo de batalha na tentativa de resolver o conflito.

 

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