O Brasil caiu duas posições do ranking de competitividade global elaborado desde 1989 pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria, no Brasil, com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral. O país aparece na posição 62 de 67 países. Foi a pior colocação dos últimos anos.
A competitividade é definida pela FDC como a capacidade dos países de integrar novas tecnologias para impactar suas economias e promover crescimento. Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela foram os países que ficaram atrás do Brasil.
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Os primeiros colocados
Singapura aparece em primeiro lugar após ficar fora das cinco primeiras posições no ano passado. A Dinamarca, que esteve em primeiro em 2023, figura agora na 3ª posição, atrás da Suíça.
O estudo destaca que todos esses países são pequenos, mas usufruem de uma boa estrutura institucional e aproveitam ao máximo as parcerias comerciais.
“Singapura se tornou um centro internacional na Ásia devido à infraestrutura tecnológica avançada, instituições sólidas e um mercado atrativo, com empregos, inovação e oportunidades”, aponta o relatório final. O país já tinha liderado o ranking em 2020.
O caso do Brasil
“Tem muito para ser feito”, avalia Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais e responsável pela pesquisa.
Segundo Tadeu, a baixa produtividade está diretamente ligada a uma falta de infraestrutura na educação e destaca como, diferentemente de muitos lugares do mundo, especialmente aqueles que estão no topo do ranking, não há um investimento focado em pesquisa e desenvolvimento.
“Muitos executivos dizem que o Brasil não cresce por conta do governo. Isso não é verdade”, diz Tadeu ao destacar que o país também teve um desempenho fraco quando se fala em eficiência empresarial, ficando na 61ª posição. “As empresas também não têm o ganho de produtividade devido.”
O Brasil ficou em 65ª lugar no ranking de qualidade de infraestrutura e na 65ª posição em eficiência governamental.
Os responsáveis pelo levantamento alegam que o ranking busca oferecer um olhar econômico para o país que vá além da produtividade. “O estudo busca demonstrar como o avanço da tecnologia, sua integração com políticas de governo e a estrutura do mercado como um todo favorece um crescimento que seja mais do que apenas um número no PIB”.
Veja o ranking completo:
Posição
|
País
|
1º | Singapura |
2º | Suíça |
3º | Dinamarca |
4º | Irlanda |
5º | Hong Kong |
6º | Suécia |
7º | Emirados Árabes Unidos |
8º | Taiwan, China |
9º | Holanda |
10º | Noruega |
11º | Catar |
12º | EUA |
13º | Austrália |
14º | China |
15º | Finlândia |
16º | Arábia Saudita |
17º | Islândia |
18º | Bélgica |
19º | Canadá |
20º | Coreia do Sul |
21º | Bahrein |
22º | Israel |
23º | Luxemburgo |
24º | Alemanha |
25º | Tailândia |
26º | Áustria |
27º | Indonésia |
28º | Reino Unido |
29º |
República Tcheca
|
30º | Lituânia |
31º | França |
32º | Nova Zelândia |
33º | Estônia |
34º | Malásia |
35º | Cazaquistão |
36º | Portugal |
37º | Kwait |
38º | Japão |
39º | Índia |
40º | Espanha |
41º | Polônia |
42º | Itália |
43º | Chipre |
44º | Chile |
45º | Letônia |
46º | Eslovênia |
47º | Grécia |
48º | Jordânia |
49º | Porto Rico |
50º | Romênia |
51º | Croácia |
52º | Filipinas |
53º | Turquia |
54º | Hungria |
55º | Botsuana |
56º | México |
57º | Colômbia |
58º | Bulgária |
59º | Eslovênia |
60º | África do Sul |
61º | Mongólia |
62º | Brasil |
63º | Peru |
64º | Nigéria |
65º | Gana |
66º | Argentina |
67º | Venezuela |
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