Homem descobre que “morreu” após dar entrada em hospital na Bahia

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Um entregador de gás descobriu que estava “morto” após dar entrada em um hospital no mês de abril, em Feira de Santana, no interior da Bahia, distante cerca de 100 km de Salvador. Rafael da Silva Santos recebeu a notícia inusitada após sofrer um acidente de motocicleta.

O homem relatou que foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após sofrer o acidente. Ao chegar ao Hospital Geral Clériston Andrade, porém, sua esposa foi informada do “fato” na recepção.

“Eu cheguei para fazer a ficha e eles me informaram que Rafael estava morto. Eu disse que não e falei que ele estava na maca. O homem então pegou o prontuário e me mostrou. Ele pediu para aguardar alguns minutos, chamou alguém e fez o reconhecimento para abrir um novo prontuário e internar ele”, afirmou Alcione das Virgens, esposa de Rafael.

Rafael precisou realizar transações bancárias após receber alta do hospital. No entanto, se deparou na Receita Federal que, juridicamente, estava “morto”. “Quando eu tive alta e fui movimentar minhas contas, algumas delas estavam bloqueadas e eu não estava conseguindo fazer saques. Lá na Receita Federal constava ‘titular falecido’ e aí eu fui procurar o cartório para poder entender”, relatou.

Segundo o advogado do entregador de gás, ao sofrer o acidente, Rafael foi levado para um hospital onde já existia um Rafael da Silva Santos internado. De acordo com Élvia Fagundes, diretora clínica do Clériston Andrade, o paciente, homônimo do entregador de gás, esteve internado no local, mas nunca recebeu visitas.

Em casos de morte, diz, quando a família, as ocorrências são repassadas para grupos de assistência social, que são responsáveis por comunicá-las. Conforme a diretora, a mulher que atestou o óbito de Rafael da Silva não trabalha no hospital. O advogado de Rafael afirma que houve um erro do cartório.

O homem precisou ir até um cartório e pagar R$ 200 para conseguir a documentação com as informações oficiais da “morte” dele. Então, percebeu várias inconsistências. Na carteira de identidade, o Rafael “morto” é analfabeto, enquanto o RG do Rafael entregador de gás possui a assinatura dele.

O advogado de Rafael da Silva entrou com uma ação contra o cartório, o Estado e contra a mulher que atestou o óbito, com o objetivo de provar que o cliente está vivo. Até esta terça-feira (4), mais de um mês depois, a situação ainda não foi resolvida.

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