Imposto Seletivo deve ser progressivo, diz Rodrigo Orair

Publicado:

O Imposto Seletivo (IS) que incidirá sobre bebidas alcoólicas com a reforma tributária deve levar  em consideração o princípio da progressividade. É o que afirmou Rodrigo Orair, diretor de Programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária na abertura do CB Debate Bebidas Alcoólicas: Segurança jurídica no Imposto Seletivo

O evento, realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), reuniu autoridades e especialistas para tratar da incidência do novo imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas, no âmbito da reforma tributária. 

  • Simplificação tributária ajuda no combate a bebidas ilegais, diz presidente da ABBD

 

“No caso específico das bebidas alcoólicas, a grande questão é como desenhar um sistema que inibe o consumo abusivo. Chegamos a um modelo híbrido, ele vai ter uma alíquota ad valorem e uma alíquota ad valorem, uma proporcional ao valor do produto e uma considerando volume por teor alcoólico”, explicou. 

  • Acompanhe ao vivo o debate sobre imposto seletivo na bebida alcoólica

Orair defendeu uma tributação proporcional entre o volume vezes o teor alcoólico da bebida. “Essa é a lógica, você ser proporcional. O grande objetivo é coibir o consumo abusivo, o excesso de consumo e obviamente vai ser relacionado a quantos ml de álcool eu bebo”, afirmou. 

De acordo com o diretor, há uma preocupação em relação à alíquota sobre bebidas de diferentes valores. “Um imposto de R$ 10 em uma cachaça de R$ 10 pode coibir as pessoas de baixa renda. Mas R$ 10 de imposto sobre o que compra uma cachaça de R$ 200, não estará coibindo o consumo excessivo”, exemplificou Orair, que defendeu a progressividade da alíquota.

“A ideia é que essa segunda parte (do imposto) seja proporcional ao valor, dando um complemento, com uma espécie de progressividade, considerando o alto teor alcoólico e também o valor do produto. Comparando produtos da mesma categoria, como cachaça com cachaça, vai recolher mais, porque eu quero coibir também o comportamento daquela pessoa de alta renda”, emendou. 

Ele lembrou que, atualmente, a função seletiva no sistema tributário brasileiro é toda fragmentada. “Tem coisas que são no PIS/Cofins, tem coisas que é no IPI, outras no ICMS. Ao substituir, você unifica um imposto seletivo para coibir comportamentos danosos à saúde e ao meio ambiente, você passa a ter um único instrumento, que é o logo por excelência”, destacou. 

Saiba Mais

  • 1 123 milhas aeroporto 34566722 37909743 Economia Consumidores lesados pela 123 Milhas podem fazer habilitação de crédito
  • seminario 3 37929450 Economia Simplificação tributária ajuda no combate a bebidas ilegais, diz presidente da ABBD
  • Alimentacao Saudavel1 Economia Grupo Alimentação e Bebidas sobe 0,62% em maio ante alta de 0,70% em abril no IPCA
  • julio 3 37930300 Economia Estamos vivendo um abuso desestruturante no Brasil, aponta Julio Lopes
  • daniel 1 37932094 Economia ‘O criminoso não vai pagar imposto’, diz Head de Segurança da Diageo
  • whatsapp image 2024 06 11 at 11 39 39 37933233 Economia “Bebida ilegal financia o crime organizado”, afirma especialista

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Após reunião, Alckmin afirma que big techs defenderam ‘Pix para todos’

Em um encontro recente com representantes das grandes empresas de tecnologia, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou a importância do...

Haddad diz que governo estuda plano de contingência contra tarifaço de Trump

Em meio ao clima de incerteza, o Ministro da Fazenda, Fernando...

‘Reclamar do Pix é o mesmo que defender telefone fixo no lugar do celular’, afirma Haddad

Na recente discussão sobre o sistema de pagamento Pix, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma analogia impactante: “Reclamar do Pix é...