Tudo uma farsa, desmantelada por uma investigação da Delegacia de Estelionatos de Maceió (AL), revelando o comportamento de influenciadores para atrair vítimas, usando uma versão demonstrativa do game, com repetidos ganhos de dinheiro fácil. Além disso, ostentam nas redes sociais uma vida de luxo e muitos carros, alguns deles, custando mais de milhões de reais. O que para muitos é apenas um sonho, esses influenciadores mostravam e, até davam dicas, de como conseguir tudo, apenas jogando, uma tentação com muitas vítimas espalhadas pelo país.
A brincadeira baseia-se em formar uma combinação de figuras iguais. É um caça níquel, mas online. Durante a investigação, a polícia encontrou conversas de tratativas entre influenciadores com agenciadores e as plataformas. Também foram obtidas planilhas em que eles demonstram materialmente como se dava esse acerto.
Pessoas que até um passado recente não tinham patrimônio, de repente se tornaram milionárias. Tudo isso, com recursos provenientes desse jogo, afirma o delegado-geral.
Além da divulgação por meio de influenciadores, em esquemas clandestinos, convites para o jogo do tigrinho chegam pelo Whatsapp e redes sociais, geralmente a partir de perfis falsos.
É ilegal? Os jogos do tigrinho estão hospedados em plataformas clandestinas, não são auditáveis e não seguem regra alguma. É diferente das plataformas legalizadas de apostas, conhecidas como ‘bets’.
Algumas também oferecem o jogo. Estas, porém, têm operação sujeita a regras estabelecidas em duas leis:
Lei 13.756/ 2018: Regulamentou as apostas esportivas;
Lei 14.790/2024: ampliou o alcance da legislação, exigindo que as empresas tenham endereço no Brasil, definindo a tributação e incluindo os jogos online. Esta lei que está em período de transição, incluindo um processo regulatório conduzido pelo Ministério da Fazenda que termina no fim deste ano e vai estabelecer critérios técnicos e jurídicos para a liberação dos jogos online.
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