Em uma entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), abordou a dinâmica de sua relação com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Mesmo diante dos desafios, ele afirmou que a proximidade dos deputados com o governo foi restabelecida à sua condição usual. Lira explicou: “Eu raramente me envolvo – e nem considero – com a articulação política do governo. Quando me manifestei, foi devido ao ambiente político estar atingindo um ponto no qual eu analisava o seguinte: um presidente da Câmara que partiu de uma posição conflitante, que oferece o respaldo que ofereço a um governo carente de uma maioria que não possui e constantemente é alvo de notícias falsas plantadas por quem não deveria. A articulação estava desordenada.”
O líder da Câmara também abordou a decisão equivocada do colégio de líderes durante a discussão do projeto de lei que equiparava o aborto após a 22ª semana como um crime de homicídio, destacando: “O único desfecho de um projeto sob urgência é a sua exclusão das discussões nas comissões.” Além disso, complementou: “O Colégio errou ao não examinar o restante do projeto, conferindo uma perspectiva terrível a um debate que desperta repulsa em todos nós.” Ele ainda defendeu a ideia de “assentos reservados para mulheres no Congresso, Assembleias e Câmaras Municipais.”
Quanto às emendas PIX, Lira defendeu que estas tenham finalidades bem definidas. Ele também comentou sobre a Medida Provisória da energia, ressaltando: “No momento em que você conduz uma negociação e dois dias depois é emitida uma Medida Provisória que interfere diretamente nessa negociação, gera controvérsia, causa preocupação e distorção.” O presidente criticou a possibilidade de aumento dos custos para os consumidores.

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