Venezuelanos compareceram às urnas no domingo (28), em uma eleição presidencial tensa e crucial, que definirá o futuro do chavismo, regime que está no poder há 25 anos. Nicolás Maduro, o atual presidente, enfrenta como principal opositor Edmundo González Urrutia, representando a líder popular da oposição, María Corina Machado, impedida de concorrer devido a questões políticas. Embora a votação tenha decorrido de forma tranquila, há crescentes temores de tentativas de fraude por parte do regime de Maduro. A contagem dos votos está em andamento, com previsão de divulgação dos resultados preliminares pelo Centro Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela nesta noite.
Desde as primeiras horas do domingo, os venezuelanos formaram filas em diversos locais para participar do processo eleitoral. No entanto, a oposição acusa o governo de dificultar o acesso dos eleitores em áreas menos favoráveis ao chavismo. Além disso, a chefe da campanha opositora relatou o veto do Conselho Nacional Eleitoral à presença da Plataforma Unitária na sala de apuração.
Nos últimos dias, Maduro tem impedido a entrada de observadores eleitorais convidados pela oposição para acompanhar a votação. Enquanto o governo divulgou pesquisas de boca de urna dando vantagem a Maduro, essas práticas são proibidas pela legislação eleitoral venezuelana. Até o momento, o comparecimento dos eleitores ainda não foi oficialmente divulgado pelo CNE.
Pesquisas extraoficiais indicam desvantagem de Maduro em relação a González
Informações extraoficiais sugerem uma liderança de 60% dos votos para o candidato da oposição, em contraste com os 30% atribuídos a Maduro. Apesar de a divulgação de pesquisas ser proibida pela legislação eleitoral, um instituto ligado ao chavismo indicou uma projeção de 55% dos votos para Maduro.
Antes do encerramento da votação, Maduro fez uma postagem nas redes sociais expressando confiança no resultado. Independentemente do vencedor, as eleições na Venezuela terão repercussões em toda a região. Se Maduro sair vitorioso, iniciará seu terceiro mandato, mantendo políticas que resultaram em profunda crise econômica. Por outro lado, uma derrota representaria um marco após 25 anos de chavismo no poder. Os resultados preliminares podem ser anunciados ainda neste domingo, mas a confirmação oficial pode demandar mais tempo devido ao contexto eleitoral delicado e às ameaças de Maduro.
(em atualização)
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações do Estadão Conteúdo

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