A líder da oposição na Venezuela, María Corina, enfatizou que o período de contagem dos votos é o momento mais crítico durante as eleições presidenciais que ocorrem no país neste domingo (28/7). Os locais de votação foram encerrados às 19 horas no horário de Brasília.
“Tivemos poucos incidentes de violência ao longo do dia. Este é o momento mais crucial, e a melhor maneira de protegê-lo é por meio da presença pacífica nos centros de votação”, afirmou Corina ao lado do candidato de oposição, Edmundo González.
A coalização Plataforma Unitária Democrática (PUD) tem incentivado os eleitores a acompanharem a votação nos centros eleitorais como uma forma de fiscalização.
“É hora de verificar como seu voto está sendo contado, voto por voto”, escreveu María mais cedo. González declarou que os eleitores devem “testemunhar a exatidão dos resultados alcançados”, em um vídeo divulgado na véspera da votação.
Na primeira coletiva após o fechamento das urnas (foto em destaque), Corina e González reiteraram a importância da fiscalização coletiva e defenderam a legitimidade desse tipo de ação. A oposição está realizando uma contagem paralela com base nas atas de cada centro de votação. O resultado oficial será apresentado em um boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Eleição Controversa
A Venezuela está passando por uma eleição histórica com a possibilidade de Nicolás Maduro deixar o poder. Ele assumiu a presidência da Venezuela em 2013, sucedendo Hugo Chávez, que foi presidente do país desde 1998.
Durante o processo eleitoral, diversas controvérsias surgiram, como o impedimento de duas candidaturas da PUD. A própria María Corina deveria ter sido candidata à presidência, mas teve sua candidatura vetada pela Controladoria-Geral.
O órgão do governo de Maduro alegou questões administrativas relacionadas ao período em que Corina era deputada, entre 2011 e 2015. Ela foi proibida de se candidatar a qualquer cargo eletivo por 15 anos.
Próximo ao término da campanha, Maduro chegou a mencionar a possibilidade de “derramamento de sangue” e “guerra civil” em caso de derrota. No entanto, no domingo, ele adotou um discurso mais conciliador e prometeu reconhecer o resultado das eleições. O mandato presidencial na Venezuela é de seis anos.

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