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O magistrado Gilberto Azevedo Costa solicitou esclarecimentos sobre a investigação interna da Gollog, e as ações tomadas após o falecimento de Joca em abril. No início de julho, a Polícia Civil de São Paulo encerrou suas investigações.A investigação foi concluída e ninguém foi indiciado.
Conforme noticiado pelo G1, o juiz solicitou uma investigação à Infraero, embora a gestão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde o cão embarcou, seja responsabilidade da GRU Airports.
De acordo com o laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), a morte do cachorro foi causada por choque cardiogênico, uma falha do coração em bombear sangue para os órgãos.
O Ministério Público e um juiz ainda irão se pronunciar sobre o inquérito da Polícia Civil e podem solicitar investigações adicionais.
A Gol expressou seu profundo pesar pela morte de Joca e solidariedade com o sofrimento de seu tutor. A companhia admitiu que uma falha operacional resultou no embarque do cachorro no voo errado e afirmou que a apuração dos detalhes está sendo conduzida com total prioridade.
Choque Cardiogênico
O laudo necroscópico da morte do cachorro revelou que ele faleceu após seu coração perder a capacidade de bombear sangue para os órgãos, um quadro clínico conhecido como choque cardiogênico.
Segundo o documento da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), o coração de Joca apresentava “hipertrofia do ventrículo esquerdo” e vasos sanguíneos obstruídos.
O laudo, datado de 16 de maio, foi o segundo ao qual o animal foi submetido e foi anexado ao inquérito da Polícia Civil.
O legista afirmou que os órgãos analisados apresentaram “acentuado grau de autólise”, tornando impossível realizar diagnósticos macroscópicos.
Na época, o advogado do tutor de Joca, Marcello Primo Muccio, destacou que o laudo necroscópico reforça a hipótese de que o cão tenha sido vítima de maus-tratos.
Ao Metrópoles, levantou-se a possibilidade de que Joca tenha enfrentado turbulência e exigiu que a polícia identifique o responsável pela morte.
“O simples fato de ter sido embarcado no voo errado já configura maus-tratos. Além disso, o depoimento do funcionário de Fortaleza indica que a caixa de transporte estava solta no porão da aeronave sem nenhum equipamento de segurança, o que comprova maus-tratos. Quem garante que não houve turbulência? Será que o piloto foi informado da presença de um animal naquele voo? O delegado precisa apontar o responsável pelo crime”, declarou o advogado.
Novo pet
O tutor do cachorro Joca recebeu um novo animal de estimação em 27 de junho. João Fantazzini ganhou um filhote da mesma raça como presente de sua mãe. O filhote, com dois meses e meio, foi nomeado Ástor.
“Foi uma surpresa enorme para mim. Pela manhã, eu estava no escritório trabalhando. O telefone tocou e era a equipe do taxidog. Eles tinham uma surpresa para mim, da minha mãe. Fiquei sem reação. A surpresa era esse filhote”, contou João Fantazzini em publicações em seu perfil no Instagram.
Ele esclareceu que a intenção não é substituir Joca com o novo cachorro. “Gratidão de todo meu coração! E tenho certeza de que nosso Joca está muito feliz e se deliciando com muitas maçãs e rúculas lá no céu! Joca veio com um propósito, e tenho a honra de dizer que ele é o filho de todos vocês”, afirmou João.
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