RECORDAR ENSINA – Um primor de frouxidão moral

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14:44

Trazemos a declaração do presidente do Banco do Brasil sobre a compra de ingressos para um show em benefício do PT:

“A compra existiu. O banco comprou mesmo. Seria apropriado? Não creio.”

O presidente deveria ter sido claro: Não, o banco não deveria ter adquirido os ingressos para um show em favor de um partido político, independentemente de qual fosse.

“Onde o banco errou? Se errou, acredito que tenha sido depois disso [da compra]. Após distribuir os ingressos aos funcionários, percebemos que o show beneficiava um partido político. Nesse momento, deveríamos ter agido e dito: ‘Recuem, recuperem todos os ingressos dos funcionários'”.

“Em nenhum momento do processo [da compra dos ingressos] houve violação das normas legais e processuais do banco.”

Não se discute se as normas internas do banco foram seguidas. O debate é sobre a correção ética da compra de ingressos para um show cuja receita seria destinada a um partido, especialmente o partido do presidente. É claro que a compra dos ingressos foi antiética. A ética foi desconsiderada.

“Deveríamos ter decidido voltar atrás. Talvez fosse o mais apropriado.”

Talvez? O presidente ainda está incerto? E quanto às consequências? Não haverá responsabilidade pela decisão desastrosa que causou desgaste ao governo? Mais um desgaste?

A Diretoria de Marketing e Comunicação, em nota assinada por sete executivos, apoiou a compra dos ingressos. No mínimo, temos sete responsáveis pela decisão equivocada.

O discurso do presidente do Banco do Brasil é um exemplo de falta de firmeza, fraqueza e condescendência diante de subordinados envolvidos em um ato condenável.

14:53

Perguntas persistentes e pertinentes:

* E se a imprensa não tivesse revelado o apoio indireto do Banco do Brasil ao PT, por meio da compra de ingressos para o show da dupla Zezé di Camargo & Luciano: o banco teria solicitado reembolso?

* E se a imprensa não tivesse descoberto que o Banco do Brasil planejava patrocinar a nova turnê da dupla Zezé di Camargo & Luciano, que colaborou gratuitamente na campanha presidencial do PT: o patrocínio de R$ 5 milhões teria sido recusado, como acabou sendo?

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