Número de mortos em Gaza chega a 39,4 mil; total de feridos se aproxima de 91 mil

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O número de mortos em Gaza atingiu a marca de 39,4 mil desde o início da guerra que ocorreu em 7 de outubro na Faixa de Gaza. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde da Palestina, 37 mortes foram registradas nas últimas 24 horas. Nesse mesmo período, 73 pessoas foram atendidas com ferimentos de diferentes gravidades, elevando o total de feridos para 90.996 desde outubro. Vale ressaltar que esses números não incluem os quase 10 mil corpos que ainda estão sob os escombros do enclave devastado, conforme mencionado diariamente pelo ministério da saúde palestino.

A manhã de hoje (30) foi marcada pelo anúncio do Exército israelense sobre sua retirada de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, onde realizou uma ofensiva por oito dias. Durante essa operação, os serviços da Defesa Civil local afirmam ter resgatado cerca de 300 corpos, muitos dos quais em avançado estado de decomposição. O governo de Gaza informa que 31 pessoas permanecem desaparecidas após a ofensiva, enquanto equipes de resgate continuam a buscar entre os destroços das quase 320 casas bombardeadas pelo Exército.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, as Forças Armadas israelenses afirmaram que suas tropas estão em operação no centro de Gaza, realizando incursões para neutralizar milicianos e desmantelar suas infraestruturas. Nas últimas horas, em decorrência dessas operações, foram relatados ataques contra os campos de refugiados de Bureij e Nuseirat, com nove mortes contabilizadas em Bureij após um ataque aéreo israelense. Os corpos foram levados para o Hospital Al Awda em Nuseirat, conforme a agência de notícias palestina “Wafa”.

No domingo (28), o Exército ordenou a evacuação do campo de refugiados, assim como fez em Khan Younis, forçando milhares de pessoas a se deslocarem para a “zona humanitária” de Al Mawasi, onde enfrentam condições precárias. A evacuação foi motivada pelo lançamento de foguetes por milicianos a partir do território. Próximo ao acampamento de Nuseirat, outro bombardeio israelense resultou na morte de 12 pessoas, de acordo com os serviços de Defesa Civil. Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza continua sendo motivo de preocupação para seus residentes e organizações internacionais, especialmente após a declaração do Ministério da Saúde de Gaza como uma “zona epidêmica de poliomielite”.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) alertou para a propagação da hepatite em Gaza, com centros médicos registrando entre 800 e 1.000 casos semanais, totalizando quase 40.000 desde o início da guerra. Com a continuação dos conflitos, a população local e organizações humanitárias estão cada vez mais preocupadas com o cenário na região.

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