Advogada afirma ter recebido orientações de Ramagem para inocentar Flávio Bolsonaro

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A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), afirmou ter recebido da sua ex-sócia, Luciana Pires, três relatórios com orientações sobre como buscar provas que levassem à anulação da investigação.

 

Luciana revelou, em 2020, ter recebido ao menos dois relatórios de Alexandre Ramagem, então diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), e, segundo Juliana, os teria encaminhado para ela. Ambos os relatos, o de Juliana e o de Luciana foram dados ao portal Metrópoles.

 

Na última semana, a Polícia Federal deflagrou a operação Última Milha que investigou o esquema popularmente chamado de “Abin paralela”, que se utilizava, ilegalmente, da Agência de Inteligência para investigar adversários políticos do então presidente da República Jair Bolsonaro.

 

As duas advogadas, Ramagem, Flávio Bolsonaro e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno participaram de uma reunião no Palácio do Planalto em agosto de 2020.

 

O encontro, gravado sem consentimento por Ramagem, teve como meta discutir meios para uma contra investigação que provasse nulidades no caso do senador a partir de uma suposta atuação ilegal da Receita Federal contra Flávio.

 

Em relação aos relatórios, Juliana afirmou: “Ela me encaminhou por WhatsApp, recebi isso da Luciana Pires. Agora eu não sei, não tenho como dizer para você se isso foi escrito por ela, por Ramagem, pela Abin, por Flávio, não sei”.

 

Nos dois relatórios que a coluna havia revelado, cuja autenticidade e procedência foram confirmadas na época pela defesa do senador, a Abin detalhou o funcionamento da suposta organização criminosa na Receita Federal.

 

Segundo os advogados de Flávio, a empresa teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas. Em um campo intitulado “Finalidade”, um dos documentos citou: “defender FB no caso da Alerj, demonstrando a nulidade processual resultante de acesso imotivados aos dados fiscais de FB”.

 

Juliana afirmou que não houve utilidade nos relatórios passados a ela por Luciana Pires, já que havia se encontrado com o chefe da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, antes de ter tido acesso ao material. Ela ainda ressaltou que não entendia que os relatórios fossem da Abin.

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