São Paulo – Pré-candidato à Prefeitura da capital, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) defendeu o arquivamento do processo contra o aliado André Janones (Avante-MG) por suspeita de rachadinha e disse que o partido dele apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na cidade.
Boulos foi o relator do parecer no Conselho de Ética da Câmara. Em sabatina realizada por UOL/Folha na manhã desta sexta-feira (12/7), o psolista justificou que só poderia julgar aquilo que ocorreu no atual mandato de Janones, enquanto as suspeitas de rachadinha se referem a 2019, na legislatura anterior.
“Eu acredito, independente de quem faça, que rachadinha é crime. Se for o Flávio Bolsonaro, é crime. Se for o Janones, é crime. Quem quer que seja, rachadinha para mim é crime. Agora, o que eu não posso é usar dois pesos e duas medidas”, declarou Boulos.
O deputado negou que quisesse absolver Janones e afirmou que o partido dele, Avante, está na coligação pela reeleição de Nunes na cidade.
“Sabe quem o partido do Janones apoia aqui em São Paulo? O Ricardo Nunes. O partido dele [Janones] é o Avante. O que eu ganhei com isso?”, questionou Boulos.
Nunes e o bolsonarismo O deputado criticou a proximidade entre Nunes e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o prefeito paulistano virou “refém” do bolsonarismo. Segundo Boulos, esse seria um dos motivos para Nunes ter evitado participar de eventos do governo federal na capital ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Acho que ele tem medo de aparecer ao lado do presidente e ser alvo dos bolsonaristas porque ele [Nunes] está refém do bolsonarismo”, disse Boulos.
Boulos também criticou o “uso da máquina” por Nunes para tentar se reeleger, e quando questionado sobre ele próprio utilizar da máquina federal, apoiado por Lula, como vitrine, defendeu que “é muito diferente em proporção”
“Isso [eventos ao lado de Lula] aconteceu três vezes. O prefeito faz isso três vezes por dia”, disse.
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Leandro Paiva/@leandropaivac Ocupação de prédios Antigo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que o projetou politicamente, Boulos disse que irá resolver o problema das pessoas em situação de rua na cidade.
Questionado sobre como agiria em casos de reintegração de posse, evitou uma resposta direta, mas afirmou que tentará evitar que elas ocorram.
“A ocupação acontece porque a lei não é cumprida, e eu vou cumprir a lei”, afirmou. “A lei diz que prédio que está abandonado tem que ser notificado. Não cumpriu função social, [impõe o pagamento de] IPTU progressivo, e a Prefeitura pode tomar para fazer habitação social”, acrescentou.
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