O réu acusado pelo assassinato da jovem Elitânia de Souza, pertencente à comunidade quilombola, na região do Recôncavo baiano, Alexandre Passos Silva Góes, enfrentará um júri popular marcado para o dia 24 de julho. A sessão acontecerá no Fórum Augusto Teixeira de Freitas, na cidade de Cachoeira – local do ato criminoso -, às 8h. Alexandre responderá por homicídio duplamente qualificado, caracterizado como feminicídio e traição premeditada.
Antes do início do julgamento, ativistas de movimentos sociais planejam se reunir em frente ao fórum para realizar um ato público em busca de justiça para Elitânia e outras mulheres negras vítimas de violência e feminicídio. A manifestação está agendada para as 7h.
Elitânia de Souza da Hora, com 25 anos de idade, estava matriculada no 7º período do curso de Serviço Social. No dia 27 de novembro de 2019, a jovem foi surpreendida e morta a tiros por Alexandre enquanto retornava para casa na companhia de uma amiga, após suas aulas no campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), uma vez que ele não aceitava o fim do relacionamento.
A estudante já havia compartilhado com pessoas próximas sobre as agressões e ameaças que sofria do ex-companheiro, além de ter registrado duas queixas contra ele. Ela também estava sob medida protetiva concedida pela Justiça para manter distância do agressor.
As advogadas Maria Letícia Ferreira e Rosane Muniz, da Tamo Juntas – Assessoria Multidisciplinar Gratuita para Mulheres, que estão conduzindo a acusação do caso em conjunto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), esperam que Alexandre seja condenado com todas as circunstâncias agravantes.
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