Campanha chega à reta final na Venezuela com Maduro atrás em pesquisas

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A uma semana das eleições presidenciais na Venezuela, os principais institutos de pesquisa eleitoral do país apontam que, em caso de comparecimento expressivo da população, a oposição ao atual presidente, Nicolás Maduro, possui grandes chances de sair vitoriosa. O candidato que representa uma ameaça à permanência de Maduro, no poder há 11 anos, é o diplomata Edmundo Gonzáles.

As previsões favoráveis à vitória da oposição aumentam a tensão em um país que não realiza eleições livres há algum tempo. Recentemente, durante um comício, Maduro mencionou a possibilidade de o país enfrentar um cenário de “derramamento de sangue” e “guerra civil” caso ele não seja reeleito no pleito agendado para 28 de julho.

Os institutos Datincorp, Delphos e Meganálisis indicam que González possui aproximadamente 60% da preferência, enquanto Nicolás Maduro teria de 25% a 28% das intenções de voto.

Os números também revelam que cerca de 70% da população pretende comparecer às urnas, um índice significativo para um país onde o voto não é obrigatório.


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Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas

Maduro chega às eleições na Venezuela sob tensão e atrás nas pesquisas


Maduro se prepara para as eleições na Venezuela em meio a um clima de tensão e um cenário desfavorável nas pesquisas de opinião. A disputa eleitoral no país sul-americano está acirrada, com desafios e pressões por todos os lados.

A trajetória política de Nicolás Maduro tem sido marcada por polêmicas e controvérsias, tendo assumido a presidência em 2013 após a morte de Hugo Chávez. Desde então, o líder venezuelano enfrentou uma série de desafios, incluindo uma profunda crise econômica, social e política que causou um êxodo em massa de seus cidadãos.

As eleições presidenciais na Venezuela despertam não só o interesse interno, mas também a atenção internacional, com diversos países acompanhando de perto o desenrolar do processo eleitoral. A comunidade internacional tem pressionado por transparência e respeito à democracia no país, diante de alegações de manipulação e falta de garantias para um pleito justo.

O clima político na Venezuela é marcado por intensos debates, protestos e manifestações populares, refletindo a polarização e a insatisfação de parte da população com a situação do país. A busca por soluções para a crise humanitária, a escassez de alimentos e remédios, e a violação dos direitos humanos são temas centrais no debate eleitoral.

Neste contexto desafiador, Maduro enfrenta o desafio de conquistar a confiança dos eleitores e reverter as tendências das pesquisas que apontam uma desvantagem em relação aos seus adversários. A campanha eleitoral se intensifica à medida que a data da votação se aproxima, com os candidatos buscando consolidar seus discursos e propostas para conquistar o voto do eleitorado.

As projeções para as eleições na Venezuela apontam para um cenário incerto e volátil, com potencial para desencadear novos conflitos e tensões no país. A determinação do futuro político da nação latino-americana está nas mãos dos cidadãos, que terão a difícil tarefa de escolher o rumo que desejam seguir em meio a um contexto desafiador e complexo.

Declarações de Lula

Em um momento crucial da campanha em um clima cada vez mais tenso, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo, na segunda-feira (22/7), para que Nicolás Maduro respeite o processo democrático, assim como o resultado das eleições que acontecerão no próximo domingo (28/7).

Em entrevista a agências internacionais, Lula expressou sua consternação com as declarações de Maduro sobre um possível “banho de sangue” que a Venezuela enfrentaria.

“Fiquei chocado com a declaração de Maduro afirmando que, se perder as eleições, haverá derramamento de sangue. Quem perde as eleições sofre uma derrota nas urnas. Maduro precisa compreender que, quando se ganha, permanece; quando se perde, deve se retirar. Estou torcendo para que isso ocorra pelo bem da Venezuela e da América do Sul”, disse Lula.

Celso Amorim, assessor internacional do governo, será designado para acompanhar o pleito na Venezuela, e a Justiça Eleitoral brasileira enviará observadores. O presidente Lula também planeja dialogar com o Legislativo para que também envie observadores ao país vizinho.

“Já falei com Maduro duas vezes, ele sabe que a única maneira da Venezuela encontrar estabilidade é através de um processo eleitoral reconhecido globalmente… Se Maduro deseja contribuir para a recuperação do crescimento na Venezuela, o retorno dos emigrantes venezuelanos e o estabelecimento de um ambiente de desenvolvimento econômico, ele deve respeitar os princípios democráticos”, enfatizou o líder brasileiro.

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