Celso Amorim, assessor especial do governo brasileiro para questões internacionais, enfatizou a importância da transparência no processo eleitoral da Venezuela. Ele destacou a necessidade de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) disponibilizar as atas que fundamentam a vitória de Nicolás Maduro no pleito de domingo (28). Amorim deixou claro que não irá corroborar qualquer alegação de fraude nas eleições presidenciais. Em comunicado divulgado na segunda-feira (29), Amorim expressou que o governo brasileiro está acompanhando os eventos para formar uma avaliação embasada em fatos.
Os resultados da eleição presidencial na Venezuela, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada de hoje, proclamaram a vitória de Maduro. Após o desfecho eleitoral, Amorim informou Lula sobre o panorama das eleições. Desde o encerramento das votações, têm surgido indícios de fraude eleitoral no país vizinho. A oposição alega não ter tido acesso a 70% das atas eleitorais. Relatos indicam que as sessões ficaram abertas além do horário em regiões predominantemente chavistas, enquanto houve relatos de intimidação e obstáculos para votar em áreas opositoras.
Mesmo diante das acusações, Amorim evitou respaldar a narrativa de fraude. Ele enfatizou: “Não vou respaldar a alegação de fraude. É uma situação complexa e queremos apoiar a normalização do cenário político venezuelano.” Enviado ao país vizinho na sexta-feira (26) para monitorar o pleito, Amorim planeja se reunir com observadores eleitorais e representantes das principais candidaturas – de Maduro e do líder da oposição, Edmundo González – a fim de estabelecer a posição do governo brasileiro sobre o assunto.
Com o envio do assessor, espera-se que o relato sobre a situação na Venezuela respalde a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao pleito. Anteriormente, o Palácio Itamaraty divulgou comunicado declarando que acompanha de perto o processo de apuração eleitoral na Venezuela. O Ministério das Relações Exteriores reiterou o princípio da soberania popular e aguarda a divulgação pelo CNE dos dados desagregados por mesa de votação, considerados um passo “indispensável” para a legitimidade do pleito.
Com informações do Estadão Conteúdo.
Comentários Facebook