A avaliação é do Ministério da Saúde, de acordo com dados do Previne Brasil, programa que avalia os serviços prestados à população, em ações para prevenir as principais causas de doença em brasileiros. Uma estratégia de prevenção estimulada, usando a premiação em dinheiro para as equipes que alcançarem as metas estabelecidas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Além de mais dinheiro nos cofres públicos, o trabalho eficiente vai resultar em menos pessoas doentes, uma conta em que todos ganham.
O período analisado é de janeiro à abril deste ano. Na parte de cima estão cidades de Lajedão e Vereda, que seguem apostando no bom atendimento nos postinhos de saúde. Na parte debaixo dessa tabela, na região extremo sul da Bahia, duas cidades chamam atenção. Teixeira de Freitas e Itamaraju, com notas 6.63 e 5.32, respectivamente, estão na lanterna, segundo a avaliação do Previne Brasil. Se fosse um campeonato, nos moldes do Brasileirão, a qualidade do serviço da saúde pública nessas duas cidades seria rebaixada para a Série B. Até em músicas, como a dos sertanejos Felipe e Rodrigo, dá pra perceber que abaixo da média 7, não passa de ano.
As duas maiores cidades insistem em focar investimentos na média e alta complexidade, com o pagamento de exames e serviços caros, muitos deles, contratados de especialistas e clínicas. Enquanto isso, na parte de cima da tabela, as cidades com melhores resultados na atenção básica, Lajedão e Vereda, ambas nota 10, seguem mirando a melhoria de serviço nos postinhos, contratando especialistas para atender nas unidades de bairros ou de distritos, com remédios, equipes e serviços à disposição constante da prevenção de doenças. Na prática, a lógica é que ninguém ficando doente, não tem porque gastar milhões em hospitais ou unidades de alta complexidade, porque não se justifica exames caros e de alta complexidade ou internações.
Mais curioso ainda é que essas duas cidades sejam comandadas por médicos. Marcelo Belitardo, em Teixeira de Freitas, e Marcelo Angênica, em Itamaraju. O que não dá pra entender é como a experiência desses profissionais da saúde não esteja sendo utilizada para melhorar a qualidade do serviço na área, ao contrário disto, há longas datas, nas duas principais cidades do extremo sul a saúde pública esteja indo tão mal, tanto na análise técnica do Ministério da Saúde, quanto na opinião da população.
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