Deputado federal tem mandato cassado por uso de candidatura laranja
O recente acontecimento envolvendo o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) foi marcado pela cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul, na terça-feira (16). O tribunal considerou que o partido de Marcon utilizou uma candidatura laranja para burlar a cota de mulheres nas eleições de 2022.
Sete desembargadores votaram a favor da cassação do mandato do deputado e de todos os suplentes do Podemos. Apesar disso, Maurício Marcon poderá continuar exercendo seu mandato, uma vez que há a possibilidade de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas redes sociais, Maurício afirmou sua intenção de recorrer da decisão. Ele também ressaltou que o problema surgiu devido a uma alteração em uma das candidaturas femininas que não foi incluída nos programas de TV do partido a tempo das eleições. Se a cassação for confirmada pelo TSE, um novo cálculo de quociente eleitoral será realizado, resultando na substituição de Marcon por um deputado de outra coligação.
Controvérsias envolvendo ofensas à Bahia
Eleito deputado em 2022 com mais de 140 mil votos, Maurício Marcon se autointitula como “cristão, conservador e defensor do liberalismo econômico”, e declara seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante sua campanha, ele propôs na Câmara o voto impresso e a proibição de voto para presidiários.
No ano de 2023, durante uma transmissão ao vivo, o político fez comentários comparando a Bahia ao Haiti, descrevendo o estado como um lugar sujo e de pobreza. A Polícia Civil investigou as declarações do deputado, e o inquérito foi encaminhado para a Polícia Federal.
Na ocasião, Marcon defendeu seu posicionamento, alegando que suas palavras foram “maliciosamente distorcidas por grupos e pessoas com o único propósito de destruir a imagem de quem tem pensamentos divergentes”.
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