O mercado doméstico viu o dólar à vista encerrar o dia em baixa, na casa de R$ 5,57, revertendo parte dos ganhos da semana passada. Houve entrada de fluxo comercial e recursos da privatização da Sabesp, contribuindo para esse cenário. A divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre não impactou substancialmente a taxa de câmbio, confirmando um congelamento de gastos de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano.
As moedas latino-americanas tiveram uma recuperação neste dia, promovida pela saída de Joe Biden da corrida e a provável entrada de Kamala Harris, o que diminuiu a favoritismo de Donald Trump. O real foi a terceira entre as moedas emergentes mais relevantes a registrar ganhos em relação ao dólar, beneficiado também pelos cortes de juros na China.
Apesar de uma alta inicial, o dólar à vista operou em baixa ao longo do dia. As mínimas foram atingidas no início da tarde, quando a moeda atingiu R$ 5,5361. Antes mesmo do relatório de receitas e despesas, o dólar já havia reduzido a queda, operando em torno de R$ 5,56, e fechou o dia negociado a R$ 5,5701, com uma queda de 0,60%.
O secretário do Tesouro Nacional reiterou a possibilidade de novos bloqueios no Orçamento, caso necessário, destacando que os números divulgados mostram um cenário distinto do ambiente de incerteza visto nos mercados financeiros. O Citi aponta que o quadro fiscal em deterioração continua a impactar o real, com projeção da taxa de câmbio em torno de R$ 5,30 no final do ano, antes previsto em R$ 5,17.
Os investidores continuam atentos aos desdobramentos econômicos, avaliando as projeções de câmbio e os impactos das políticas fiscais. Com a movimentação no cenário político mundial, as moedas emergentes encontram espaço para recuperação, mesmo diante das incertezas globais. O panorama econômico segue instável, refletindo nas cotações cambiais em diversos países.
*Com base em dados do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
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