No mês de junho, as exportações de carne bovina do Brasil diminuíram após um desempenho significativo em maio, quando quase 300 mil toneladas foram exportadas. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), houve uma leve queda no volume total exportado em comparação com o mesmo período do ano anterior, resultando em uma receita 11% menor. Em junho, foram exportadas 22.640 toneladas, o que representa um aumento de 2,7% em relação a maio, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da Secretaria de Comércio Exterior.
O preço médio da exportação de carne brasileira foi de US$ 34 por tonelada. Em 2023, a receita de junho alcançou US$ 1,89 bilhão, enquanto neste ano caiu para US$ 971 milhões.
Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), aponta fatores como o cenário político e econômico global, além da dinâmica do ciclo pecuário, como responsáveis pela queda de preço. A demanda por carne aumentou, levando a uma maior produção e disponibilidade do produto no mercado, o que resultou na redução dos preços. No entanto, esta redução ainda não beneficiou significativamente o consumidor brasileiro, uma vez que a produção e exportação de carne bovina bateram recordes, aumentando a disponibilidade interna e mantendo os preços relativamente altos para os consumidores locais.
A China continua sendo o maior comprador da carne brasileira, representando 43% das exportações, seguida pelos Estados Unidos, com uma fatia de 10,9% do total exportado.
Nos últimos anos, o Brasil tem expandido cada vez mais seu mercado de carne bovina. Mesmo com a recente queda nas receitas de exportação, o país mantém sua posição como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo. Com a estabilização do cenário político e econômico global, espera-se que os preços possam se recuperar, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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