Israel tomou uma decisão importante em relação ao conflito com os palestinos, rejeitando a criação de um Estado palestino devido à percepção de ameaça existencial. A votação ocorreu no Parlamento de Israel, que afirmou que essa ação poderia perpetuar o conflito e desestabilizar a região. O documento aprovado enfatizou a oposição firme à criação de um Estado palestino a oeste do rio Jordão, alegando que isso representaria um perigo existencial para Israel e seus cidadãos. A resolução foi aprovada com 68 votos a favor em um Parlamento de 120 lugares, com nove membros opositores e alguns ausentes na sessão.
Ao promover a criação de um Estado palestino, a resolução argumentou que isso poderia encorajar o Hamas e seus apoiadores, especialmente após o recente ataque do movimento islamista. A busca por um Estado palestino nos territórios ocupados por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em 1967 sempre foi um símbolo dos esforços diplomáticos internacionais para resolver o conflito. Os Acordos de Oslo na década de 1990 abriram caminho para a criação da Autoridade Palestina, visando avançar nas negociações para estabelecer um Estado palestino.
A postura adotada gerou duras críticas da comunidade internacional, sendo que o secretário-geral da ONU, António Guterres, demonstrou estar muito decepcionado com a resolução. Embora simbólica, a decisão desencadeou condenações e críticas fervorosas da Autoridade Palestina, preparando o terreno para a viagem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Washington na próxima semana. Netanyahu está sob pressão dos Estados Unidos e outros parceiros para buscar uma trégua em Gaza e a libertação dos reféns israelenses.
A Autoridade Palestina, que exerce controle parcial na Cisjordânia ocupada, reiterou que a paz e a segurança não serão alcançadas sem o estabelecimento de um Estado palestino. Além disso, acusou a coalizão de extrema direita que governa Israel de colocar a região em um abismo. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional atenta aos desdobramentos e buscando uma solução diplomática para a questão. A cooperação de líderes e o engajamento das partes envolvidas serão essenciais para alcançar a tão almejada paz na região.
Com o cenário político cada vez mais complexo, os próximos passos das negociações e as ações dos líderes serão cruciais para trazer estabilidade e segurança à região do Oriente Médio.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo
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