A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, já possui o respaldo necessário dos delegados democratas para ser oficialmente indicada como candidata à Presidência pelo partido. A formalização dessa escolha será realizada durante a convenção do Partido Democrata, agendada para 19 de agosto. Com a decisão de Joe Biden de não buscar a reeleição, o caminho se abriu para a candidatura de Kamala, que precisa assegurar o apoio de pelo menos 1.976 delegados, de um total próximo de 4.000, para garantir a nomeação. Contando com o suporte de figuras influentes do partido, como o ex-presidente Bill Clinton, Hillary Clinton e a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, Kamala desponta como a favorita para a corrida presidencial.
Em um discurso realizado em Delaware, Kamala demonstrou otimismo e firmeza, prometendo derrotar Donald Trump nas próximas eleições presidenciais. A democrata fez um retrospecto de sua carreira como procuradora na Califórnia e não poupou críticas a Trump, chegando a chamá-lo de “predador” e “trapaceiro”. Além disso, ela defendeu fervorosamente a liberdade reprodutiva, alertando sobre o perigo de uma possível proibição nacional do aborto caso seu oponente seja eleito.
O apoio a Kamala é abrangente, contando com governadores como Gretchen Whitmer (Michigan) e Gavin Newsom (Califórnia), além de congressistas de diferentes vertentes dentro do partido. Sua candidatura injetou novo ânimo nos democratas, refletido em uma arrecadação recorde de US$ 81 milhões em apenas 24 horas, provenientes principalmente de pequenos doadores. A entrada de Kamala na disputa forçou Donald Trump a reavaliar sua estratégia eleitoral, antes focada em criticar Biden. Pesquisas sinalizam uma competição acirrada entre Trump e Kamala, com uma leve vantagem para o republicano. O cenário político se apresenta tenso, com acusações de práticas “antidemocráticas” por parte do senador J.D. Vance, candidato a vice na chapa de Trump.
Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
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