Kamala Harris vai em busca de votos em estado decisivo contra Trump

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Quase certa de ser nomeada candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata, Kamala Harris está testando sua candidatura com os eleitores: a atual vice-presidente de Joe Biden está realizando um comício em Milwaukee, nesta terça-feira (23/7), em Wisconsin, um estado crucial para seu possível embate com Donald Trump.

Kamala conquistou o apoio de aproximadamente 2.538 delegados dos 4 mil democratas para se tornar a candidata à presidência dos Estados Unidos, de acordo com contagem feita pelo canal de notícias CNN.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou na noite de segunda-feira (22) que estava “orgulhosa por ter conquistado o amplo apoio necessário para ser indicada pelo Partido Democrata” como sucessora de Joe Biden.

Harris, que substituiu Joe Biden na corrida eleitoral após uma das maiores reviravoltas políticas da história contemporânea, tem menos de quatro meses para convencer os norte-americanos sobre a solidez de seu perfil como candidata a se tornar a próxima presidente dos Estados Unidos.

Em um evento de campanha em Delaware, na noite de segunda-feira, a advogada de 59 anos deu uma amostra do que seria a candidata Kamala Harris.

“Estou observando que tipo de pessoa é Donald Trump”, brincou a ex-promotora, comparando o candidato republicano, que tem condenações criminais, a um “predador” e um “vigarista”.

“Nós vamos vencer”, prometeu ela, sob os aplausos dos militantes democratas.

A ex-senadora da Califórnia também se comprometeu a colocar o direito ao aborto no centro de sua campanha e a “lutar pelo direito de controlar o próprio corpo”.

A investida de Trump em Milwaukee

Todos esses são argumentos que ela testará com os eleitores neste comício de campanha em Milwaukee.

A escolha dessa metrópole de Wisconsin, com vista para o Lago Michigan, obviamente não foi por acaso. Na semana passada, esta cidade na região dos Grandes Lagos sediou a convenção republicana, na qual Donald Trump foi oficialmente indicado como candidato de seu partido para a eleição.

O evento de quatro dias ilustrou o controle absoluto do ex-presidente sobre os republicanos. O bilionário, que havia acabado de escapar de uma tentativa de assassinato, foi recebido como um herói e celebrado com muita pompa.

“Tem que ser Kamala”

No entanto, Wisconsin é também e acima de tudo, um dos cinco ou seis estados que devem decidir o destino da eleição presidencial em 5 de novembro.

Donald Trump liderou a corrida nesse estado contra Joe Biden em 2020, mas ainda é cedo para dizer se ele manterá sua liderança contra Kamala Harris, se ela de fato for escolhida como a candidata democrata.

Parece que não restam dúvidas: a maioria dos delegados democratas – cerca de 4.000 pessoas encarregadas de oficialmente nomear o candidato do partido – já anunciou seu apoio a ela, de acordo com relatos da mídia norte-americana na noite de segunda-feira.

Kamala Harris expressou sua gratidão por ter conquistado o amplo apoio necessário para se tornar a candidata do Partido Democrata. Ela também acrescentou: “Espero poder aceitar formalmente essa indicação em breve”, entre o momento atual e a convenção do partido em Chicago, programada para meados de agosto.

A vice-presidente já obteve o apoio de diversos governadores, sendo alguns deles considerados possíveis concorrentes, além de outras figuras importantes do partido, como Nancy Pelosi e Hillary Clinton.

No entanto, o ex-presidente Barack Obama e os líderes democratas do Congresso, Hakeem Jeffries e Chuck Schumer, ainda não manifestaram um apoio explícito a ela.

Joe Biden, que anunciou no domingo a desistência da corrida para a Casa Branca, pediu aos democratas na segunda-feira que se unissem em torno da candidatura de sua vice-presidente.

“Para Bill Leiner, um ativista democrata entrevistado na Pensilvânia, a escolha de Harris como candidata é inevitável. Segundo ele, “Tem que ser Kamala Harris. Porque se não a escolhermos, perderemos a eleição.”

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