A música brasileira é um celeiro de talentos, e o Distrito Federal, com sua cena cultural vibrante, tem exportado artistas que se destacam em todo o país. Larissa Umaytá, natural de Sobradinho, é um desses talentos em ascensão. A percussionista tem conquistado reconhecimento nacional, compartilhando palcos com renomados músicos como Alexandre Carlo, Chico César e Xande de Pilares.
Entrevistada pelo Metrópoles, Larissa compartilhou detalhes de sua jornada, suas fontes de inspiração e os desafios enfrentados como mulher em um meio predominantemente masculino.
A artista cresceu imersa na música e na cultura popular. Seu amor pela percussão floresceu desde a infância, influenciada por seu avô, Teodoro Freire, um entusiasta que trouxe a tradição do Bumba Meu Boi do Maranhão para Brasília. “Meu avô sempre esteve envolvido em manifestações culturais maranhenses, como maracatu, forró e tambor de crioula. Desde pequena, me encantava pelos instrumentos de percussão e ficava fascinada ao vê-los sendo preparados junto à fogueira”, recorda Larissa.
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Além do avô, Larissa contou com o apoio de outros músicos na família, contribuindo para seu desenvolvimento musical. “Meus tios e meu pai tocavam em eventos noturnos e faziam parte de um grupo de pagode que era a abertura de shows de artistas renomados nas décadas de 1980 e 1990. Cresci em um ambiente impregnado de música, seja nos encontros familiares ou nas rodas de samba,” compartilha.
Teodoro Freire não apenas foi uma influência musical para Larissa, mas também uma fonte inspiradora em sua vida. “Meu avô é um exemplo de perseverança e visão. Ele deixou o Maranhão sem terminar o ensino fundamental, calçou seu primeiro sapato aos 8 anos e saiu de casa aos 15 em busca de uma vida melhor. Ele me ensinou a acreditar que as coisas podem dar certo e a valorizar o trabalho árduo e a dedicação,” revela Larissa.
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A música de Larissa tem raízes fortes em Sobradinho, DF, onde ela nasceu. Sua conexão com a música é evidente em seu trabalho. Atualmente, Larissa está engajada na turnê Xande canta Caetano, acompanhando Xande de Pilares em performances marcantes.
Com uma abordagem única e criativa, Larissa Umaytá traz sua essência para cada nota musical que executa. Sua presença nos palcos é cativante, e sua música ressoa com o público. Acompanhar Xande de Pilares em sua turnê é mais um passo na carreira brilhante dessa talentosa artista.
A música de Larissa tem o poder de emocionar e encantar, levando os espectadores a uma jornada musical rica em sonoridades e significados. Sua paixão pela música transparece em cada acorde e em cada performance, conquistando admiradores por onde passa.
Com um estilo autêntico e uma voz marcante, Larissa Umaytá conquista espaço no cenário musical, trazendo frescor e originalidade para suas composições. Sua parceria com Xande de Pilares é uma demonstração de sua versatilidade e talento, enriquecendo ainda mais as apresentações.
Os palcos se iluminam com a presença de Larissa Umaytá, onde sua música ganha vida e envolve a todos em uma atmosfera única. Sua jornada musical é marcada por dedicação e amor à arte, refletindo-se em cada acorde e melodia que ecoam em suas performances.
Ao unir sua essência musical com a energia contagiante de Xande de Pilares, Larissa Umaytá eleva suas apresentações a um novo patamar, conquistando cada vez mais admiradores e consolidando seu lugar na cena musical brasileira. A parceria entre os dois artistas promete momentos inesquecíveis para o público.
Com uma trajetória musical em ascensão e talento indiscutível, Larissa Umaytá se destaca como uma das promessas da música brasileira. Sua capacidade de emocionar e surpreender através de sua arte a torna uma artista singular e inspiradora, pronta para encantar plateias em todo o país.Larissa não via a música como uma profissão desde o início. Ela explica: “Sempre amei tocar, mas não tinha referências de músicos que viviam exclusivamente da música. Para mim, era um hobby”. Foi somente na juventude que começou a considerar essa possibilidade.
“Levei um tempo para acreditar que a música poderia ser minha carreira. Trabalhei em diversas áreas, fiz faculdade de artes plásticas e outras três que não terminei. Foi só por volta dos 22 anos, enquanto trabalhava em um banco, que comecei a enxergar a música como uma fonte de renda e decidi seguir esse caminho”, relata Larissa. A decisão de deixar o emprego estável para viver da música não foi fácil. “Foi uma escolha assustadora. Minha mãe estava preocupada, mas eu sabia que era isso que queria. Em 2014, saí do banco para me dedicar totalmente à música. Foi um momento de medo e incerteza, mas também de determinação”, lembra.
Uma etapa crucial na formação de Larissa foi a Escola de Choro Raphael Rabello, tradicional em Brasília. A artista destaca que sua vivência com a música dentro de casa e entre amigos a ensinou muito, porém, foi na academia que ela pôde se profissionalizar e se aprofundar na música.
Larissa não acredita que uma vivência seja mais importante que a outra. Ela explica: “Quando eu entrei na escola, já tinha uma bagagem, uma história com a música da rua, dentro do Bumba, dentro de casa, nos espaços, nos bares e tal, tocando com os amigos. E a escola, a academia e as instituições, elas vêm para complementar também esse aprendizado”.
Ser mulher em um campo predominantemente masculino não é fácil, mas Larissa encara os desafios com sua maior arma: a música. Ela reflete: “O samba, a música popular brasileira de forma geral, é um ambiente extremamente masculino, majoritariamente masculino, e isso é histórico. Isso é uma coisa que vem da vida, da história do Brasil.”
Larissa acredita que há uma transformação em curso, embora ela ainda esteja no início. “Ainda há preconceito e resistência, mas acredito que estamos mudando esse cenário. As mulheres estão ganhando mais espaço e reconhecimento na música, e eu me sinto parte dessa mudança”, afirma.
Para Larissa, cada conquista é um reflexo do trabalho árduo e das noites mal dormidas. A musicista ressalta que não foi fácil chegar até o sucesso e destaca a sensação de gratidão que acompanha suas conquistas. “Eu olho para o passado, para história, para trás e lembro nitidamente… passa um filme na minha cabeça de cada bar que eu toquei, de cada palco que eu pisei.”
“Pisar num palco com um grande nome do samba, com um grande produtor do samba, que é uma grande referência… é tipo sonho,” descreve Larissa. Esse reconhecimento, no entanto, vem acompanhado de uma realidade ainda surreal: “Ainda é uma coisa meio fora da realidade.”
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