Lula sanciona Dia Nacional do Funk: “Muito mais que um gênero musical”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) efetivou, nesta terça-feira (30/7), a criação do Dia Nacional do Funk para ser celebrado anualmente em 12 de julho.

Nas redes sociais, Lula destacou que o funk vai além de ser apenas um gênero musical, descrevendo-o como uma “voz”, “identidade” e “resistência”.

“Reconhecimento mais que merecido para uma cultura que nasceu nas periferias e conquistou o Brasil e o mundo. Hoje, ganhamos medalha com nossas ginastas em Paris e o funk estava presente! O funk é muito mais do que um gênero musical; é uma plataforma de transformação social que dá visibilidade às realidades e talentos dessas comunidades. O funk é voz, é identidade, é resistência!”, afirmou em sua publicação.

 

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No vídeo, o presidente é visto ao lado de Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, responsável pela proposta do Dia Nacional do Funk em 2021 quando ainda era deputado federal.

De acordo com Padilha, a sanção representa o “reconhecimento do Estado brasileiro por essa iniciativa cultural que gera muita valorização e emprego para a juventude”.

História antes do Dia Nacional do Funk

O funk brasileiro teve sua origem no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, no Rio de Janeiro, inspirado pelo funk norte-americano. Adaptado às realidades das comunidades cariocas, o estilo desenvolveu uma identidade própria, tornando-se uma expressão cultural marcante.

O ritmo acelerado, as batidas eletrônicas e as letras que abordam a vida nas periferias são características distintivas do funk brasileiro.

Inicialmente, o gênero foi marginalizado e associado a questões de violência e criminalidade, porém, ao longo dos anos, o funk ganhou popularidade e respeito, conquistando espaço na mídia e na cultura pop do país.

Artistas como MC Marcinho, Cidinho & Doca e Claudinho & Buchecha foram alguns dos precursores que contribuíram para a popularização do funk na década de 1990.

No cenário do funk brasileiro, diversos artistas se destacaram ao longo dos anos, conquistando fãs e balançando as pistas de dança por todo o país. Entre esses ícones da música, estão nomes como MC Marcinho, Claudinho e Buchecha, Anitta, Ludmilla, Kevin O Chris e MC Livinho.

MC Marcinho, conhecido por hits como “Glamurosa” e “Princesa”, é uma figura bastante popular no universo do funk. Com sua voz marcante e letras envolventes, conquistou um lugar especial no coração do público, sendo considerado um dos pioneiros do gênero.

Claudinho e Buchecha formaram uma dupla lendária, marcando época com músicas como “Conquista” e “Quero te Encontrar”. Com um estilo único e carismático, os dois artistas deixaram uma marca indelével na história do funk nacional.

Anitta, uma das maiores estrelas do cenário pop/funk atual, conquistou o Brasil e o mundo com seu talento, carisma e ousadia. Com sucessos como “Downtown” e “Vai Malandra”, ela se tornou uma referência para toda uma geração de fãs.

Ludmilla, anteriormente conhecida como MC Beyoncé, também se destaca no cenário musical com sua voz poderosa e presença de palco magnética. Com hits como “Cheguei” e “Ver Te Mar”, Ludmilla conquistou seu espaço e se tornou uma das artistas mais respeitadas da atualidade.

Kevin O Chris é outro nome em ascensão no mundo do funk, com músicas que misturam ritmos e conquistam cada vez mais admiradores. Sucessos como “Tipo Gin” e “Vem Movimentando” garantem a presença do artista nas principais playlists e baladas do país.

MC Livinho, conhecido por seu estilo irreverente e batidas envolventes, também é um dos destaques do funk contemporâneo. Com hits como “Cheia de Marra” e “Fazer Falta”, o artista mostra a versatilidade e criatividade que o tornaram tão popular entre os fãs do gênero.

Esses artistas representam apenas uma pequena amostra da riqueza e diversidade do cenário musical brasileiro, especialmente no universo do funk. Com estilos únicos e talento indiscutível, cada um deles contribui para manter viva a energia e a vibração contagiante desse gênero musical tão amado pelos brasileiros.O surgimento do “funk carioca” ou “funk ostentação” nos anos 2000 marcou uma evolução no movimento, abordando temas como luxo e riqueza para refletir o anseio de ascensão social dos jovens das favelas.

Recentemente, o gênero musical funk expandiu sua diversidade e alcance, com artistas como Anitta, Ludmilla, Kevin O Chris e MC Livinho ampliando o alcance do ritmo e conquistando novos públicos, inclusive internacionalmente.

Atualmente, o funk representa uma expressão cultural e musical essencial, dando voz e refletindo a realidade de milhões de brasileiros. O gênero é celebrado em festas, eventos e até mesmo nas paradas musicais ao redor do mundo.

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