Ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia participou da 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, em Salvador, no dia 22. Em entrevista ao Bahia Notícias, Vera abordou a questão da proporção e representatividade das mulheres no judiciário brasileiro.
A magistrada destacou a necessidade não apenas de representatividade simbólica, mas da efetividade da democracia, ressaltando a importância de uma participação proporcional. “Se somos 52% do eleitorado brasileiro, nós mulheres, e dentro desse grupo estão as mulheres negras, devemos esperar e exigir essa proporção”, afirmou Vera Lúcia.
Vera também defendeu uma maior presença feminina no poder judiciário, principalmente em um momento em que casos de machismo e misoginia têm sido registrados no Brasil.
A ministra ressaltou a importância de haver espaço para as mulheres em todos os níveis de poder, desde instâncias municipais até a Presidência da República. Ela enfatizou a necessidade de acesso das mulheres a esses espaços de poder e destacou a participação delas no Poder Judiciário e Legislativo.
Como a segunda mulher no cargo de ministra substituta do TSE, Vera Lúcia falou sobre os desafios e a importância dessa posição. Ela destacou que, apesar de avanços, ainda existem obstáculos a serem superados. “Precisamos buscar titularidades nos espaços em que atuamos. A meta é a igualdade e a efetividade das oportunidades iguais para homens, mulheres e especialmente mulheres negras”, afirmou Vera.
A presença de mulheres negras em cargos de destaque no TSE demonstra que os desafios persistem, mas a luta pela igualdade e pela efetividade das oportunidades continua. Como mencionou a ministra Carmen Lúcia, a busca por uma sociedade mais igualitária é constante, e Vera Lúcia reforça esse compromisso em sua atuação no judiciário brasileiro.
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