Paul Watson, maior ativista contra a caça de baleias do mundo, é preso na Dinamarca

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Paul Watson, reconhecido globalmente por sua firme oposição à atividade de caça de baleias, foi detido pela polícia dinamarquesa no domingo passado (21). A prisão aconteceu devido a um mandado de prisão internacional emitido há aproximadamente 12 anos pela Interpol, a pedido do Japão. A captura ocorreu logo após a chegada do ativista canadense em Nuuk, na Groenlândia, onde tinha parado para abastecer seu barco antes de seguir para o Pacífico Norte, onde planejava monitorar a caça de baleias pelo novo navio japonês, Kangei Maru, recentemente lançado.

O ecologista, de 76 anos, foi algemado por policiais e encaminhado à detenção na capital da Groenlândia, território dinamarquês. Watson terá que comparecer a um tribunal distrital e está sujeito à extradição para o Japão, país que solicitou sua prisão devido a ataques de ativistas em missões lideradas por Watson contra navios baleeiros japoneses em 2010, na Antártida.

Nas redes sociais da Sea Shepherd Brasil, os ativistas brasileiros têm acompanhado de perto o caso e manifestado apoio à libertação de Watson. Em uma publicação, a Sea Shepherd Brasil afirmou: “Repudiamos essa ação das autoridades dinamarquesas, que punem um grande defensor que há décadas luta pacificamente pela proteção das baleias do nosso apetite sem sentido.”

“É mais sensato focar os esforços de fiscalização naqueles que ilegalmente devastam os oceanos, como o próprio governo japonês, que tem desrespeitado as leis ao matar centenas de baleias no Santuário da Antártida por anos, ou o governo dinamarquês, que permite a matança anual de centenas de baleias de forma bárbara sob o pretexto de ‘tradição’, ao invés de perseguir alguém que dedicou mais de 50 anos de sua vida à proteção dos oceanos e de sua vida marinha habitante. Qual representa um perigo e destruição maiores?”, questiona outro trecho da publicação.

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O navio do ambientalista seguiria os passos do Kangei Maru, cujo objetivo é caçar baleias ao largo da costa do Japão, visto que o país ainda é um dos três no mundo que realiza essa prática, juntamente com Islândia e Noruega.

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