O judô brasileiro encerrou o terceiro dia consecutivo sem conquistar medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Desde o último domingo, quando Willian Lima e Larissa Pimenta ganharam prata e bronze, respectivamente, os atletas da modalidade têm enfrentado dificuldades. Nesta quarta-feira, Rafael Macedo, da categoria até 90kg, esteve próximo de garantir o bronze, mas foi desclassificado em uma luta pela medalha contra o francês Maxime-Gaël Ngayap Hambou, 38º do ranking mundial. Os dois judocas acumulavam duas penalidades cada. O atleta brasileiro estava melhor e quase conseguiu derrubar o adversário em duas ocasiões para obter um wazari. No entanto, durante uma luta no chão, o árbitro interrompeu o combate e aplicou uma terceira penalidade a Macedo, sem elucidar o motivo de sua decisão. Com o terceiro shido, Rafael foi desclassificado e encerrou sua participação na competição individual sem subir ao pódio novamente.
Ao final do confronto, o técnico da seleção brasileira masculina, Kiko Pereira, contestou a ação do juiz. Por outro lado, o judoca brasileiro optou por não questionar o desfecho da luta. Ele comentou: “Esta é a segunda vez que tenho a oportunidade de participar de uma Olimpíada, é um sonho estar aqui. Foi um dia muito bom, poderia ter terminado com uma medalha, mas infelizmente não aconteceu. Faz parte. Essa foi a decisão e acredito que seja a correta”.
A penalização abrupta causou indignação na plateia, que testemunhava o atleta brasileiro com vantagem na luta. Supostamente, o shido foi atribuído devido a um tipo de pegada proibida no judô: quando um judoca coloca os dedos por dentro da manga do quimono do oponente. No entanto, o árbitro não indicou isso, uma vez que deve sinalizar com as mãos o motivo de cada advertência.
Apesar da situação, Rafael Macedo enfatizou o bom ciclo de preparação e afirmou que continuará em busca da sonhada medalha. Ele destacou: “A superação do dia a dia, dos treinamentos, e as experiências positivas e negativas em competições são partes fundamentais do crescimento. Foi um dia muito bom, tirando o desfecho final. Isso é motivação para continuar”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller
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