**Snoop Dogg – A trajetória de um ícone da música para os Jogos Olímpicos**
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Constantemente descrito como uma figura marcante, Snoop Dogg, com seus 52 anos, tem chamado a atenção nos Jogos de Paris. Seja carregando a tocha, comentando provas ou interagindo na plateia, ele tem se destacado, como na ocasião em que acompanhou a skatista brasileira Leticia Bufoni.
Snoop, cujo nome de batismo é Calvin Cordozar Broadus Jr., originário de Long Beach, na Califórnia, iniciou seu percurso na música ainda na infância, atuando como cantor e pianista no coral da igreja. Sob a mentoria de Dr. Dre, ele ingressou no cenário do rap como Snoop Doggy Dogg no início dos anos 1990, colaborando em faixas de diversos artistas. Em 1993, lançou seu álbum de estreia, “Doggystyle”, pela Death Row Records (gravadora fundada por Dr. Dre e atualmente sob sua propriedade), alcançando grande sucesso.
O álbum vendeu 8 milhões de cópias, impulsionando Snoop para o topo do gangsta rap, estilo musical caracterizado por letras explícitas – como denota o próprio título do CD, um trocadilho com seu nome e uma gíria popular relacionada a uma prática sexual. Com mais de 60 milhões de discos vendidos, Snoop lançou 18 álbuns nos anos seguintes, emplacando diversos hits e consolidando sua carreira.
Foi a partir do final dos anos 90 que Snoop Dogg atingiu o auge de sua fama. Em 1998, abandonou o terceiro nome e adotou o nome artístico Snoop Dogg. Em 2002, desembarcou no Rio de Janeiro e lançou o sucesso “Beautiful” em parceria com Pharrell Williams. O videoclipe foi gravado em locações icônicas da cidade, como a praia do Leme e o Parque Lage, impulsionando ainda mais sua popularidade.
O carisma de Snoop lhe rendeu parcerias publicitárias, participações em programas de televisão e incursões no cinema, onde explorou sua veia cômica em filmes como “Baby Boy” e “Dia de Treinamento”. Em 2012, após uma viagem à Jamaica, o artista se reinventou como Snoop Lion, transitando para o reggae e lançando o álbum “Reincarnated”, acompanhado por um documentário de mesmo nome, e envolvendo colaborações com renomados artistas do gênero.
Além de sua carreira musical, Snoop Dogg é um defensor do uso recreativo da maconha, tema presente em suas letras e em suas ações. Em 2023, ele anunciou publicamente que deixaria de fumar maconha, porém, revelou que era uma estratégia de marketing para o lançamento de sua própria marca de cannabis, demonstrando seu empreendedorismo e ativismo no ramo da indústria da cannabis.O famoso músico inaugurou em Los Angeles a primeira loja da S.W.E.D., que significa “fume maconha todo dia”. A próxima filial será aberta em agosto em Amsterdam, na Holanda, assim que o cantor encerrar seu compromisso atual como comentarista dos Jogos Olímpicos.
O impacto de Snoop no cenário do hip hop vai além da música e da defesa da cannabis. O artista, que adquiriu a Death Row em 2022, transformou a gravadora em uma marca de moda. As peças, frequentemente utilizadas por ele e outros artistas, apresentam estampas e referências que remetem ao rap das décadas de 1980 e 1990.
**VOVÔ SNOOP**
Snoop construiu sua reputação cercado de mulheres seminuas enquanto se proclamava um “cafetão”. Atitudes machistas? Sexistas? De objetificação do corpo feminino? Esses questionamentos foram levantados no início de sua carreira, porém foram perdendo importância à medida que seu discurso foi se tornando menos politicamente incorreto.
O rapper é casado desde 1997 com Shanté Broadus, com quem tem três filhos: o músico Corde Broadus, de 29 anos, o empresário Cordell, de 27 anos, e a cantora Cori, de 25 anos.
Além disso, Snoop é pai do engenheiro de tecnologia Julian, de 26 anos, fruto de um relacionamento paralelo. Snoop e Shanté são avós de cinco netos: Zion, Leo, Elleven, Cordoba e Chateau, e as redes sociais do vovô estão repletas de fotos suas com os netinhos.
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