Cachaça, também conhecida como aguardente, pinga ou branquinha, é uma bebida genuinamente brasileira, feita a partir do caldo extraído da cana-de-açúcar, fermentado e destilado, que depois segue para envelhecimento e comercialização. Na Bahia, a cachaça tem se fortalecido como um produto turístico, impulsionada pela premiação de diversas marcas e pela criação da Rota dos Engenhos, promovida pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).
Para qualificar ainda mais o segmento, foi realizado na segunda (22) e terça-feira (23), no restaurante Bistrô do Cuco, no Centro Histórico de Salvador, o 1º Curso de Sommelier de Cachaças da Bahia, com o apoio da Setur-BA. Os 15 participantes receberam seus certificados após 20 horas de aulas ministradas pelo premiado master blender Nelson Duarte, um dos maiores especialistas em aguardente do país. O curso ofereceu uma imersão completa no universo da cachaça, com módulos que abordaram história, legislação, processos de produção, análise sensorial e harmonização com alimentos.
O bartender Yves Fernandes, de 36 anos, concluiu o curso bastante motivado. “Ampliei meu conhecimento em coquetelaria. A cachaça é um produto muito importante, é nosso, e deve ser promovido mundialmente. Precisamos incentivar os turistas estrangeiros a conhecerem a cachaça baiana original, além da caipirinha”, comentou.
Para a estudante de veterinária Rafaela Mayoral, de 25 anos, a formação representa uma nova oportunidade comercial. “Minha família começou a produzir cachaça há três anos e foi assim que entrei nesse mundo. Vou aplicar tudo o que aprendi para melhorar nosso produto. A Setur-BA está de parabéns pela iniciativa”, elogiou.
“Com os conhecimentos adquiridos e o certificado, os participantes poderão atuar em consultoria, elaboração de cartas de bebidas para bares e restaurantes, e reconhecimento de aromas e sabores, entre outras atividades do segmento”, destacou o sommelier Raimundo Freire, idealizador do curso.
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