STF marca para 5 de agosto conciliação sobre marco temporal

Publicado:

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 5 de agosto o início dos trabalhos da comissão de conciliação que vai tratar das ações que envolvem o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Em abril, o ministro negou pedido para suspender a deliberação do Congresso que validou o marco temporal e determinou que a questão deverá ser discutida previamente durante audiências de conciliação. As reuniões estão previstas para seguir até 18 de dezembro deste ano.

Mendes também fixou a quantidade de representantes que o Congresso e entidades que atuam na proteção dos indígenas terão na comissão. A Articulação dos Povos Indígenas (Apib) terá seis representantes.

A Câmara dos Deputados e o Senado terão três membros cada um. O governo federal terá quatro representantes, que deverão ser indicados pela Advocacia-Geral da União (AGU), pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Os estados terão dois membros, que serão indicados pelo Fórum de Governadores e pelo Colégio Nacional de Procuradores de Estado (Conpeg). Os municípios deverão indicar um membro, a partir de consenso entre a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

Gilmar Mendes é relator das ações protocoladas pelo PL, o PP e o Republicanos para manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco e de processos nos quais entidades que representam os indígenas e partidos governistas contestam a constitucionalidade da tese.

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que validou o marco. Em setembro, antes da decisão dos parlamentares, o Supremo decidiu contra o marco. A decisão da Corte foi levada em conta pela equipe jurídica do Palácio do Planalto para justificar o veto presidencial.

Leia Também: Contingenciamento será do tamanho necessário para cumprir arcabouço fiscal, diz Haddad

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Lula é orientado a “poupar” Tarcísio por um motivo; saiba qual

Em meio a um cenário político dinâmico, o presidente Lula recebeu conselhos de ministros e strategistas do governo para evitar confrontos diretos com...

Moraes proibiu Bolsonaro de falar com 191 pessoas, veja lista

Uma decisão impactante do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, impôs restrições severas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, proibindo-o de se comunicar...

Lula ligou para Gil e lamentou morte de Preta: “Profundamente triste”

Neste domingo, uma onda de tristeza percorreu o Brasil com a notícia da morte da talentosa cantora Preta Gil, aos 50 anos. O...