Suspensão de greve repete roteiro com nova intervenção de Milton Leite

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São Paulo — A suspensão da greve dos ônibus municipais aprovada pela categoria e prevista para ocorrer a partir da 0h desta quarta-feira (3/7) seguiu um enredo parecido com aquele já ocorrido há quase um mês, no início de junho, quando o sindicato dos trabalhadores também voltou atrás. E, novamente, o pivô da suspensão foi o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (União Brasil).

A diferença é que agora a suspensão da greve aconteceu a pouco menos de duas horas do início da paralisação, quando diretores do sindicato já estavam nas garagens mobilizando os trabalhadores.

A greve foi confirmada por volta das 19h e, uma hora depois, o presidente da Câmara anunciou que tentaria conduzir as negociações para evitá-la. Ao mesmo tempo em que Milton Leite conversava com sindicalistas e patrões, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já dava a paralisação como certa e divulgou nota dizendo que estaria no fim da madrugada, às 6h, no centro de controle da SPTrans, onde concederia entrevista. Após a suspensão da greve, a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo confirmou que Nunes não irá mais ao local.

Disputa A greve dos motoristas e cobradores de ônibus municipais de São Paulo foi deflagrada após uma intensa disputa pelo controle do sindicato da categoria. A paralisação serviria também para medir a adesão dos trabalhadores às propostas da nova diretoria.

A condução da campanha salarial deu o tom de uma tentativa de afirmação por parte de Edivaldo Santiago, de 75 anos, eleito presidente do Sindmotoristas durante um pleito cheio de reviravoltas e questionamentos na Justiça por parte de seu rival, o ex-deputado federal e ex-presidente do sindicato José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan Noventa.

Edivaldo é conhecido de longa data dos trabalhadores do transporte público municipal, com quase meio século de atuação no setor. Entretanto, segundo motoristas de ônibus ouvidos pelo Metrópoles, ainda havia dúvidas na noite desta terça (2/7) se o sindicato conseguiria convencer um grande contingente de trabalhadores a aderir à paralisação, caso fosse levada em frente.

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