Vai uma dose? Brasil ultrapassa a marca de 1,2 mil cachaçarias no país

Publicado:

O Brasil chegou, em 2023, à marca de 1.217 mil cachaçarias registradas em todo o país, 7,2% a mais em comparação a 2022. No total, é um estabelecimento para cada 166 mil habitantes. As informações são do Anuário da Cachaça, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A cachaça, bebida tradicional brasileira, não apenas movimenta a economia local, mas também atinge mercados internacionais: as exportações da bebida superaram os US$ 20 milhões em 2023. “O Brasil está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e bebidas do mundo”, afirmou Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade. Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”, completou. 6 imagensFechar modal.1 de 6CachaçasRicardo Funari/Brazil Photos/LightRocket via Getty Images2 de 6CachaçasViviane Moos/Corbis via Getty Images3 de 6CachaçaSou BH – UAI/Reprodução4 de 6Caipirinha, feita com cachaçaGetty Images5 de 6Caipirinha, feita com cachaçaMauricio Araújo/Divulgação6 de 6Caipirinha, feita com cachaçaDaniel Ferreira/Metrópoles A região Sudeste se destaca com o maior número de cachaçarias registradas, totalizando 819 estabelecimentos, o que representa 67,3% do total no Brasil. Todas as regiões do país registraram aumentos no número desse tipo de estabelecimentos, com destaque para o Sul, que teve um crescimento relativo de 12,8%, quase igualando-se ao Nordeste. O Centro-Oeste, por outro lado, apresentou o menor crescimento relativo, de apenas 2,1%. Em 2023, 722 municípios brasileiros possuíam pelo menos uma cachaçaria, um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior. Minas Gerais é o epicentro da cachaça Minas Gerais continua sendo o estado com o maior número de cachaçarias: são 504 estabelecimentos, ou seja, 41,4% do total nacional. É a primeira vez que uma unidade federativa supera as 500 cachaçarias registradas. A cidade de Salinas (MG) lidera com 24 estabelecimentos, enquanto o Espírito Santo se destaca pela maior dispersão, com 48,7% dos seus municípios abrigando ao menos uma cachaçaria. Cachaça: saiba a história da bebida mais famosa do Brasil São Paulo e Paraná também apresentaram aumentos, com 11 e 10 novos registros. Estes números representaram um crescimento de 7,0% e 37,0%, respectivamente. O Espírito Santo também mostra forte presença no setor. 4 imagensFechar modal.1 de 4O Engenho Boa Vista é talvez o alambique mais antigo do Brasil ainda em atividade, onde é produzida a cachaça Século XVIIIJacqueline Saraiva/Metrópoles2 de 4Cachaça Redentor, licenciada pelo Santuário Cristo redentor, no RioDivulgação3 de 4CachaçaLojinha Uai/Reprodução4 de 4Bar da CachaçaInstagram/Reprodução Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Distrito Federal, Piauí, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima não tiveram aumento no número de estabelecimentos. Registro de produtos e inovação O registro de novos produtos é um indicativo da inovação e da busca por diferenciação no mercado. Em 2023, foram registrados 5.998 tipos de cachaça, um aumento de 18,5% em relação a 2022. Minas Gerais, mais uma vez, lidera com 2.144 produtos registrados. Este aumento é impulsionado por regulamentações como a Portaria do Mapa nº 539, que normatiza a cachaça de alambique. Exportações e mercado internacional Apesar de uma redução no volume de cachaça exportada, o valor total das exportações aumentou 0,7%, atingindo US$ 20.242.453. Os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado, seguido por países da Europa, que, somados, respondem por 50,1% das exportações. A valorização do produto também é evidente, com o preço médio da cachaça exportada aumentando de 2,15 US$ por litro, em 2022, para 2,35 US$ por litro, em 2023. Atualmente, a cachaça brasileira chega a 76 países. Impacto econômico e geração de empregos Em 2023, a fabricação de bebidas no Brasil gerou 134.678 empregos diretos, um aumento de 3,35% em relação ao ano anterior. A fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, especificamente, contribuiu com 6.371 desses empregos, representando 4,7% do total. O Sudeste concentra a maior parte desses empregos, com 3.062 posições, seguido pelo Nordeste, que teve um aumento significativo de 87 novas posições em 2023. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Carlos Lima, apesar dos números positivos, o setor pode sofrer perdas, caso a alíquota do Imposto Seletivo, o chamado “Imposto do Pecado” seja mantida da forma proposta pelo governo. A carga tributária para os destilados pode chegar a 81%. “Se a reforma tributária onerar ainda mais o setor produtivo, o resultado pode ser o oposto do que a gente viu hoje, com uma redução no número de produtores de cachaça e um aumento da ilegalidade, da informalidade, e da clandestinidade no setor produtivo da cachaça”, ressaltou o presidente.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Polícia prende “Mistério”, chefão do PCC que ordenou morte de cantor

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) prendeu na tarde de sexta-feira, 22 de agosto, Evenilson de Oliveira Ferreira, conhecido como “Mistério”, de 24...

Radialista Carlos Lima morre aos 74 anos em Feira de Santana

O radialista e jornalista Carlos Lima faleceu na manhã deste domingo...

Homem morre depois de ser atacado por cachorro no interior de SP

Um homem de 45 anos faleceu na noite da última sexta-feira (22) depois de ser atacado por um cachorro na Avenida George Oeterer,...