Uma sucessão de determinações da alta cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem intensificado a tensão com os agentes e gerado desconforto, um cenário que vem se agravando desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro com a Polícia Federal (PF).
Nos últimos meses, os agentes tiveram suas armas e dispositivos notebooks confiscados por ordens superiores. Adicionalmente, impuseram-se restrições que basicamente impossibilitaram o acesso a softwares internos que permitem consultar informações sobre pessoas, relatórios e até mesmo veículos utilizados em missões.
De acordo com informações do veículo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a Abin alegou que “tem adotado medidas para fortalecer a rastreabilidade, auditoria e segurança de seus processos, abrangendo todas as etapas de gestão, produção e controle”. O órgão não entrou em detalhes sobre os motivos que provocaram cada uma dessas medidas adotadas nos últimos quatro meses.
Essas determinações surgem em um contexto de um ano marcado por uma sequência de operações da PF desencadeadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de investigar a chamada “Abin paralela” durante a gestão Bolsonaro, momento em que o aparato da agência teria sido utilizado para interesses pessoais da família presidencial.

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