Durante a segunda etapa da Operação Cianose, que aconteceu nesta quinta-feira (1º), a Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão contra, pelo menos, três advogados. Alguns dos nomes confirmados até o momento são Marinho Soares, Vitor Lemos e Vitor Lins. As ações ocorreram em Salvador, nos endereços do Edifício Millenium, na Avenida Magalhães Neto, e no Condomínio Mansão Victory Tower, no Corredor da Vitória.
A força-tarefa está investigando o suposto envolvimento de empresários e advogados na compra de respiradores, que teriam sido adquiridos durante a pandemia de Covid-19. O objetivo principal é recuperar os valores desviados na aquisição dos equipamentos pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).
Após a operação, o advogado criminalista Marinho Soares gravou um vídeo confirmando a presença da Polícia Federal em sua residência. Soares menciona ter sido alvo de mandado de busca e apreensão por ter recebido honorários de um cliente que estava sendo investigado pela PF. Ele fez críticas, afirmando que “criminalizar a advocacia é um golpe fatal no estado democrático de direito”.
Segundo Marinho Soares, durante a busca, a polícia não encontrou provas incriminatórias. No entanto, ele teve seu celular apreendido.
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 34 mandados de busca e apreensão, além de medidas judiciais de sequestro de bens, todos expedidos pela Justiça Federal da Bahia, abrangendo os estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. As investigações envolvem crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

                                    
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