Kim Kataguiri sai da disputa pela prefeitura, diz ter sido sabotado e declara apoio a Nunes

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que era pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, anunciou, nesta quinta-feira (1º), que está fora da disputa.

O deputado foi impedido de competir após o União Brasil, liderado pelo vereador Milton Leite na capital, decidir apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). O partido formalizará seu apoio ao prefeito em um evento no sábado (3).

Em nota, Kataguiri afirmou: “Não desisti de disputar as eleições, fui desistido e sabotado pelo meu partido e, em razão disso, não disputarei as eleições”. Ele destacou que chegou a registrar 9% nas pesquisas, apesar de ter marcado 3% no último levantamento do Datafolha.

Com a saída de Kim da corrida eleitoral, a coligação de Nunes se fortalece e passa a contar com 12 partidos – União Brasil, MDB, Republicanos, PL, PP, PSD, Solidariedade, Avante, Podemos, Agir, PRD e Mobiliza.

O partido União Brasil é o terceiro maior em termos de verba do fundo eleitoral e de tempo de propaganda no rádio e TV, ficando atrás apenas de PL e PT.

Kataguiri também anunciou apoio a Nunes por parte dele e de seu grupo, o MBL (Movimento Brasil Livre), que lançará dois candidatos a vereador pelo mesmo partido – Renato Battista (União Brasil) e Amanda Vettorazzo (União Brasil).

Segundo o deputado, a decisão é estratégica para derrotar Guilherme Boulos (PSOL). Ele reiterou que, embora mantenha críticas à administração de Nunes, é necessário evitar um resultado pior para a cidade.

Na presença de Battista, Vettorazzo e do deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil), todos do MBL, Kataguiri chamou Boulos de invasor e extremista, enfatizando a importância de unir forças contra o candidato do PSOL.

Kim declarou: “Precisamos construir uma frente ampla contra o extremismo da candidatura autoritária de Guilherme Boulos, que até agora não se pronunciou em relação às atrocidades e fraude eleitoral na Venezuela”.

Em relação a propostas de governo, Kim revelou que Nunes se comprometeu a dar continuidade a duas iniciativas suas, incluindo a criação de uma vacina contra dependência de drogas e um programa para levar alunos da rede pública à sede da Nasa, nos Estados Unidos.

Ao falar sobre a decisão de apoiar Nunes, Kataguiri ressaltou que não vê contradição, mesmo diante da relação de Nunes com Jair Bolsonaro (PL), desafeto do MBL. Ele afirmou: “Ricardo Nunes não”/>.O posicionamento do Movimento Brasil Livre (MBL) em relação ao cenário político atual foi destacado por Kim Kataguiri durante uma declaração à imprensa. “Estamos buscando uma alternativa viável diante da liderança de Bolsonaro”, afirmou. Guto Zacarias, do MBL, também acrescentou que é necessário, neste momento, fazer uma adaptação do ideal ao possível, considerando as circunstâncias.

Kim fez críticas a Milton Leite, mencionando que o vereador nunca levou em consideração sua possível candidatura. Em um movimento para pressionar Nunes, Leite chegou a cogitar aliar o União Brasil a Guilherme Boulos ou até mesmo lançar sua própria candidatura, sem mencionar Kim como uma opção viável. Isso gerou descontentamento em Kim, que considerou a situação uma armadilha planejada pelo diretório municipal do União Brasil.

Para evitar possíveis problemas com falta de apoio partidário, o MBL está empenhado em criar seu próprio partido, visando garantir seu projeto político a longo prazo. O revés enfrentado por Kim já era aguardado, uma vez que Milton Leite e Nunes possuem uma parceria de longa data, contando com o suporte de várias instâncias da prefeitura e do Legislativo municipal.

A relação entre Milton Leite e Nunes passou por desgastes nas últimas semanas, o que chegou a colocar em dúvida o apoio do partido à chapa emedebista. O União Brasil também demonstrou interesse no político Pablo Marçal (PRTB) como uma alternativa em São Paulo. Em meio a essas negociações, Milton Leite busca ampliar sua influência na prefeitura, caso Nunes seja reeleito, por meio da criação de duas novas secretarias.

Apesar dos desentendimentos entre as lideranças, Milton Leite e Nunes chegaram a um acordo em uma conversa recente. Leite desejava ocupar o cargo de vice na chapa de Nunes, no entanto, acabou preterido em favor do indicado pelo ex-presidente Bolsonaro, o coronel da reserva da PM Ricardo Mello Araújo. Para atender às demandas de Leite, os principais partidos da Câmara Municipal concordaram em manter o União Brasil na presidência do órgão no próximo ano. Esses movimentos políticos refletem as complexas negociações e interesses em jogo nas alianças partidárias em São Paulo.

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